Protestos no Irã deixam 200 mortos segundo autoridades do país
Manifestações começaram em setembro, mas é a primeira vez que uma cifra oficial de óbitos é divulgada
O Conselho de Segurança do Irã informou neste sábado (02/12) que "mais de 200 pessoas perderam a vida" durante os protestos no país, iniciados em setembro, e informou que as forças de segurança atuarão de forma mais ativa em qualquer manifestação. Desde o início da onda de manifestações, em setembro, esta é a primeira vez que Teerã publica cifra oficial dos óbitos ocorridos durante repressão às passeatas.
O órgão, que está vinculado ao Ministério do Interior, indicou que as 200 mortes aconteceram em "ataques terroristas" durante os distúrbios, sendo as vítimas "perturbadores e elementos contrarrevolucionários armados, integrantes de grupos separatistas".
Leia mais:
Essa é a primeira vez, desde o início dos protestos, em 16 de setembro, que o Irã divulga uma contagem oficial de mortos. "Quanto aos manifestantes, a República Islâmica do Irã os tratou com a máxima tolerância", mas "o plano do inimigo para continuidade dos distúrbios" provocou grandes danos, indica a nota.
Além disso, o Ministério alerta que o Conselho "atuará de forma mais decisiva" e "as forças de segurança e da polícia, com tcom toda sua força e determinação, não permitirão mais que alguns perturbadores, com apoio de agências de inteligência estrangeiras, coloquem em perigo a segurança pública da sociedade". "Sendo assim, qualquer perturbação da ordem pública e reunião ilegal em qualquer nível e lugar será tratada com determinação e sem tolerância", completa o texto.
(EFE, AFP)