Midterms: republicanos formam maioria na Câmara dos EUA
Legislativo dividido pode dificultar os próximos dois anos de governo Biden
Camila Stucaluc
Mais de uma semana após as eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, os republicanos garantiram, na noite de 4ª feira (16.nov), o 218º lugar na Câmara dos Representantes, conquistando a maioria da Casa. Pelas redes sociais, o presidente Joe Biden, que representa os democratas, parabenizou a sigla pela vitória.
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"Parabenizo o líder McCarthy por sua maioria na Câmara e estou pronto para trabalhar em conjunto pelas famílias americanas. O povo quer que nos concentremos nas questões que são importantes para eles e em tornar suas vidas melhores. Trabalharei com qualquer pessoa disposta a trabalhar comigo para entregar resultados para eles", escreveu.
Apesar do cenário favorável, a vitória contempla apenas parte das expectativas dos republicanos. Isso porque, com as eleições e a atual impopularidade de Biden, a sigla esperava uma reviravolta no Congresso, com o domínio pleno dos parlamentares. No Senado, por exemplo, os democratas conseguiram manter a liderança.
Com o legislativo dividido, é possível que Biden enfrente um impasse maior em relação às propostas e aos projetos de leis, como a garantia do direito ao aborto. Em outubro, o chefe de Estado afirmou que o tema seria prioridade em janeiro de 2023, mas apenas caso os democratas controlassem assentos suficientes no Congresso para aprovar a matéria.
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Outros assuntos defendidos por Biden, como a flexibilização das leis sobre a maconha e o envio de ajuda à Ucrânia, também podem ser afetados. O último caso seria de total interesse da Rússia, uma vez que Moscou poderia fortalecer o exército e não esperar ataques ucranianos com armamentos de alta tecnologia.