COP27: Brasil não apresentará balanço atual de desmatamento, de novo
Diferente de 2021, quando tinha dados e omitiu, esse ano, relatório não ficou pronto. Mas, alertas de outubro batem recorde
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Desde 2015, início da série sobre alertas de destamento do sistema Deter-B, do Inpe, o Brasil não registrava tamanha devastação: 904 km² no mês de outubro. O aumento é de 44,65% na comparação entre os três últimos meses e o mesmo período do ano passado. Foram 4.020 km² ante 2.779 km².
São alertas que, geralmente, se confirmam pouco tempo depois com imagens de satélites. A taxa oficial dos últimos 12 meses ainda não foi contabilizada. Por enquanto, o Brasil não terá como mostrar um balanço atual na 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que acontece em Sharm-El Sheikh, no Egito, até o dia 18 de dezembro. Diferente do ano passado, quando já tinha e omitiu os dados.
Sob o mandato de Jair Bolsonaro (PL), o desmatamento chegou a 13.038 km² em 2021, maior taxa em 15 anos, que representa alta de 73% em relação a 2018. Aos números de desmatamento somam-se os de queimadas: o total de focos na Amazônia de janeiro a outubro já é 49,5% maior do que no ano anterior. Foram 101.215 de janeiro a outubro de 2022, ante 67.715 nos mesmos meses de 2021.
"Neste fim de mandato, há uma corrida de criminosos ambientais para derrubar a floresta, aproveitando que ainda têm um parceiro sentado na cadeira da presidência da República", criticou Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima.
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