COP27: Joe Biden quer reforçar compromissos após atitudes controversas
Líder americano optou por fósseis na crise energética. No evento, será cobrado por ajuda a países pobres
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, chegou ao Egito, onde em Sharm El-Sheikh participa da 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP27).
Ele deve ficar poucos dias. Mas, fará discurso. Deve reforçar sua agenda climática a pedir mais comprometimento de outros países, incentivando que façam promessas mais ambiciosas sobre a redução das emissões dos gases de efeito estufa, conforme entrevistas cedidas por ele e equipe da Casa Branca essa semana. Outras autoridades do governo devem anunciar programas. Como o de redução do metano, que é 85 vezes mais potente que o carbono e solto durante a digestão do gado. Há também um sobre transporte marítimo.
Espera-se ainda que Biden reaja aos pedidos de apoio a países em desenvolvimento, como os da África. Os Estados Unidos não têm transferido recursos tanto quanto prometeram em COPs anteriores.
Há mais um tema delicado. A transição energética, que poderia ser acelerada com a falta das fontes ucranianas, interrompidas pela guerra instalada pela Rússia. Ao invés disso, países desenvolvidos estão se apoiando, de novo, nos combustíveis fósseis. Biden chegou a pedir publicamente petróleo à Arábia Saudita, o que frustrou ambientalistas. Entretando, é uma forma de diminuir a inflação, um capital político de efeito no curto prazo.
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