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Nobel da Paz vai para Ales Bialiatski e organizações de direitos humanos

Vencedores auxiliam na democracia da Bielorrússia, Rússia e Ucrânia

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Comitê parabenizou vencedores por valores humanistas, antimilitarismo e princípios do direito | Wikimedia Commons
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O Comitê norueguês anunciou, nesta 6ª feira (7.out), três vencedores do Prêmio Nobel da Paz. Irão dividir os 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4,8 milhões) o defensor dos direitos humanos Ales Bialiatski, da Bielorrússia, a organização russa Memorial e entidade ucraniana Centro para as Liberdades Civis. Juntos, eles demonstram o "significado da sociedade civil para a paz e a democracia".

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Ales Bialiatski foi um dos iniciadores do movimento democrático que surgiu na Bielorrússia em meados da década de 1980. Segundo o Comitê, ele dedicou a vida à promoção da democracia e do desenvolvimento pacífico no país e fundou a organização Viasna, em 1996, em resposta às controversas emendas constitucionais que deram ao presidente poderes ditatoriais. A entidade apoiou manifestantes presos e denunciou torturas.

Com os feitos, autoridades governamentais têm procurado repetidamente silenciar Bialiatski. Ele foi preso de 2011 a 2014 e, após manifestações em larga escala contra o regime em 2020, foi detido novamente. "Apesar das enormes dificuldades pessoais, o senhor deputado Bialiatski não cedeu um centímetro na sua luta pelos direitos humanos e pela democracia na Bielorrússia", disse o Comitê.

A organização russa de direitos humanos Memorial, por sua vez, foi criada em 1987 por ativistas de direitos humanos na antiga União Soviética. A entidade estabeleceu um centro de documentação sobre as vítimas do regime comunista e compilou informações sobre opressão política e violações dos direitos humanos na Rússia. O ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1975, Andrei Sakharov, estava entre os fundadores.

O Centro para as Liberdades Civis, por sua vez, foi fundado na Ucrânia, em 2007, com o objetivo de promover os direitos humanos e a democracia no país. Após a invasão russa, em fevereiro de 2022, a entidade aumentou os esforços para identificar e documentar crimes de guerra. Em colaboração com parceiros internacionais, o centro pretende responsabilizar os autores dos crimes.

"Através de seus esforços consistentes em favor de valores humanistas, antimilitarismo e princípios do direito, os laureados deste ano revitalizaram e honraram a visão de Paz e fraternidade de Alfred Nobel entre as nações - uma visão mais necessária no mundo de hoje", disse o Comitê.

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Os prêmios de MedicinaFísicaQuímica e Literatira já foram divulgados nesta semana. Na próxima 2ª feira (10.out), o Comitê deve anunciar o vencedor do Nobel de Ciências Econômicas.

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