Presidente da Argentina decreta feriado após atentado contra Kirchner
Alberto Fernández repudiou o ataque e discursou em favor da democracia no país
Paulo Sabbadin
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, repudiou o atentado sofrido pela vice-presidente do país, Cristina Kirchner, na noite desta 5ª feira (1.set), e decretou feriado nacional nesta 6ª feira (2.set).
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"Este ataque merece o mais forte repúdio de toda a sociedade argentina, de todos os setores políticos e de todos os homens e mulheres da república, porque esses eventos afetam nossa democracia", disse Fernández em pronunciamento.
"Somos obrigados a recuperar a convivência democrática que foi quebrada pelo discurso de ódio que se espalhou por diferentes espaços políticos, judiciais e midiáticos da sociedade argentina. Podemos discordar, podemos ter divergências profundas, mas em uma sociedade democrática o discurso de ódio não pode ocorrer porque gera violência e não há possibilidade de coexistência de violência com democracia", continuou.
Fernández afirmou ainda que conversou com a juíza que investiga o caso, pediu celeridade para esclarecimento dos fatos, e que a vida do acusado - um brasileiro de 35 anos - seja assegurada.
O presidente argentino finalizou pedindo que o "choque, horror e repúdio" causado pelo atentado "se torne um compromisso permanente para erradicar o ódio e a violência da vida em democracia", e declarou feriado nacional.
"Decidi declarar amanhã feriado nacional para que, em paz e harmonia, o povo argentino possa se expressar em defesa da vida, da democracia e em solidariedade com nossa vice-presidente. O povo argentino quer viver em democracia e em paz e nosso governo está firmemente empenhado em trabalhar todos os dias para que possamos alcançá-la".
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