EUA: veteranos de guerra têm ampliação dos direitos à saúde

Washington DC - O East Room estava lotado. Entre os convidados, militares aposentados, seus familiares e os legisladores -- republicanos e democratas -- que aprovaram a lei considerada a mais ampla em trinta anos no que se refere à saúde dos veteranos de guerra.

"Meu filho foi um deles", disse Joe Biden. Joseph 'Beau' Biden III tinha 46 anos e morreu em 2015 depois de lutar contra um câncer no cérebro. Advogado, Beau Biden serviu na guerra do Iraque em 2008.

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"Quando vice-presidente estive nestes locais (alojamentos) onde os soldados dormem. A fumaça tóxica que invade os pulmões a noite" disse o presidente nesta 4ª feira (10.ago) se referindo às toxinas emanadas pela queima do lixo em fossas nos locais de guerra. "Quando eles voltam para casa já não são os mesmos", afirmou o democrata.

A lei assinada nesta manhã determina assistência médica gratuita a todos os veteranos que serviram em guerras e também amplia o tempo de inscrição no programa de saúde dos veteranos para os militares que prestaram serviços a partir dos ataques de 11 de setembro de 2001.
A lista de doenças causadas pela exposição tóxica de fumaça, pó ou gases foi ampliada e as situações de risco também. Um herbicida, por exemplo, usado no Vietnã foi adicionado à relação de agentes potencialmente perigosos.

Ao fim do evento, muito aplaudido, Biden lembrou que a lei vem dias depois do governo americano executar o líder da Al-Qaeda Ayman al-Zawahiri, apontado como um dos 
responsáveis pelos ataques terroristas de 2001. Em Nova York, militares, socorristas e civis que tiveram problemas de saúde causados pela poeira levantada pela quedas das torres gêmeas puderam ser inscrever em programas locais para recompensa financeira.

Aqui em Washington, a cerimônia desta 4ª feira é inédita no que se refere ao atendimento aos veteranos de guerra e pontua um dos momentos pessoais mais marcantes da administração do presidente democrata.