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OMS alerta para retrocesso na vacinação infantil e aumento de doenças

Mais de um quarto da cobertura de vacinas contra o HPV alcançada em 2019 foi perdida

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Maior parte das crianças que sofrem de déficit vacinal vive em países de baixa e média renda | Agência Brasil
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta para a queda significativa de vacinação infantil no mundo. Segundo a entidade, o cenário, considerado como um retrocesso, é procedente da crise de covid-19 e da desinformação em relação à imunização, que está fazendo com que os pequenos deixem de receber a vacina de outras doenças.

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No geral, a proporção de crianças que receberam as três doses da vacina contra a difteria, o tétano e a poliomielite (DTP) caiu de 86% em 2019 para 81% em 2021. Como resultado, 25 milhões de crianças perderam uma ou mais doses do imunizante por meio de serviços de vacinação de rotina somente no ano passado.

A maior parte das crianças que sofrem de déficit vacinal vive em países de baixa e média renda, como Índia, Nigéria, Indonésia, Etiópia e Filipinas. Entre as nações com os maiores aumentos no número de menores que não receberam uma única vacina entre 2019 e 2021 estão Mianmar e Moçambique.

Globalmente, mais de um quarto da cobertura de vacinas contra o HPV alcançada em 2019 foi perdida. Os autores apontam para graves consequências para a saúde de mulheres e meninas, já que a cobertura global da primeira dose da vacina contra papilomavírus humano (HPV) é de apenas 15%, apesar das primeiras vacinas terem sido licenciadas há mais de 15 anos.

"Isso é um alerta vermelho para a saúde infantil. Estamos assistindo à maior queda contínua da imunização infantil em uma geração", declarou Catherine Russell, diretora executiva do Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef). "As consequências serão medidas em número de vidas", frisou.

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Como razões para o declínio na taxa de imunização, a OMS aponta para o aumento de conflitos internos, desinformação e problemas da oferta ou continuidade de cuidados em relação à pandemia de covid-19. O relatório aponta que a baixa cobertura levou, por exemplo, a surtos evitáveis de sarampo e poliomielite nos últimos 12 meses.

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