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'Top gun: Maverick' é de tirar o fôlego

Sequência chega aos cinemas brasileiros nesta 5ª feira (26.mai), 36 anos depois do primeiro filme 

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Tom Cruise em Top Gun: Maverick
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Hollywood -- Ao redor do mundo, o lançamento de um dos filmes mais aguardados talvez das três últimas décadas tem sido em tom de espetáculo. Na premiere, em San Diego, na Califórnia, Tom Cruise pousou no histórico porta-aviões USS Midway pilotando um helicóptero. Enquanto a estrela desfilava em terra, caças faziam um show no céu. 

Mas não é apenas em terras americanas que o astro é recebido como rei, foi assim também com a realeza britânica, que o cortejou no tapete vermelho em Londres. No festival de cinema mais importante do mundo, não foi diferente. Tom Cruise foi ovacionado por mais de cinco minutos em Cannes e surpreendido com uma Palma de Ouro honorária, honraria máxima do evento, por sua contribuição ao cinema. 

As festas de lançamento cheias de performances hollywoodianas já viraram tradição no currículo do ator que tem sido também produtor executivo dos seus maiores filmes. E, soma-se a Top Gun 2, toda uma expectativa de décadas pela sequência. Entre sai e não sai, estiveram no meio do caminho parte da história americana, que dava outro viés para o papel das forças armadas diante do envolvimento em tantas guerras -- que não agradava Hollywood --, até achar o voo certo para o enredo, com a ajuda da tecnologia e das exigências do ator. 

E não era só a gente que esperava por esse momento. Tom Cruise confessa que não parava de pensar neste projeto. "Eu estava bem assim: é agora ou nunca. E, olha, eu sempre estava pensando nisso. Em todos os lugares que eu viajava ao redor do mundo, queriam uma sequência. Mas nunca sabia ao certo como seria, a melhor história não aparecia, mas eu deitava na cama e refletia, estou sempre pensando em histórias. E questionava o que seria, como seria. Eu estava esperando que a tecnologia pudesse alcançar algumas das coisas que eu queria realizar também."

Foi pelo menos uma década refletindo e tentando chegar ao resultado que vemos hoje. Cada vez que Tom fazia um filme, era em Maverick que estava pensando. "Eu fiz Feito na América e durante as imagens aéreas ficava sempre pensando: se eu fizer Top Gun posso fazer isso e aquilo. E eu e o (diretor Christopher) McQuarrie fizemos Missão Impossível - Efeito Fallout e a gente estava desenvolvendo câmeras para os helicópteros e para as sequências aéreas. Foi tudo um progresso para onde estávamos indo", contou o ator na estreia mundial, na Califórnia. 

Diante da espera reprimida, o roteiro traz exatamente o que os fãs gostariam de ver: ação, cenas extraordinárias, diversão, nostalgia para quem viveu os anos de 1980 e o astro -- sem dublês. Tudo o que a gente assiste de ação protagonizada por Tom Cruise foi ele mesmo quem fez.

Ases Indomáveis e Maverick

Revisitar o primeiro filme, Top Gun: Ases Indomáveis (1986) pode ser uma boa pedida para os nostálgicos ou curiosos que nunca tinham visto Pete "Maverick" Mitchell (Tom Cruise) em ação, mas não é obrigatório para compreender a trama de 2022. 

Nos primeiros momentos do novo filme já há uma espécie de recapitulação do primeiro filme, e descobrimos porque Maverick escolheu ser piloto, quem eram seus amigos no início da carreira e também as perdas que teve no meio do caminho. "Iceman" (Val Kilmer -- um dos galãs dos anos 1980, para quem não sabe) retorna para apertar ainda mais o botão da saudade. O ator passou por vários problemas na carreira e enfrentou um câncer na garganta em 2015, que lhe tirou a voz e afetou também a aparência, e chega a ser emocionante vê-lo de volta à cena.

Rooster (Miles Teller) é um novo aluno -- filho de um grande amigo (Goose) de Maverick que morreu no primeiro filme -- e que agora traz para a continuação aquele apelo de amizades, afeto, ciclos da vida. 

Há também romance no ar. Antes Charlie (Kelly McGillis) era a paixão de Maverick, agora Jennifer Connelly é quem promete fazer o coração do piloto acelerar com a personagem Penny Benjamin. "É realmente comovente a jornada de Maverick neste filme, o que pode surpreender a audiência. Muitas pessoas que já viram me disseram que se pegaram chorando, rindo, chorando mais, aplaudindo. É uma história comovente, então espero que os fãs gostem disso", afirmou Jennifer Connelly na festa de San Diego.

Mas quem realmente segura o roteiro e faz os corações da audiência quase saltarem fora do corpo são as manobras no ar. Esta é a grande experiência e o grande diferencial de Top Gun 2 e que vale o ingresso na maior tela possível.

Se o filme de 1986 inovou mostrando as acrobacias no ar, o atual consegue fazer o mesmo -- novamente -- com três décadas de tecnologia de ajuda. O resultado é sensacional, realista e cheio de adrenalina, principalmente porque a gente não consegue esquecer que é Tom Cruise que realmente está na cabine pilotando, e não um dublê.

Música

É difícil competir com todo o significado que a música Take my breath away traz como bagagem diante -- de novo -- da nostalgia de quem a ouve desde sempre. Para provar que não são apenas boas lembranças, a música foi responsável pela única estatueta do Oscar, das quatro indicações que Ases Indomáveis recebeu.

Mas Lady Gaga -- novamente, também -- chega brigando à altura com Hold my hand e assim já se candidata a mais uma pré-lista de possíveis indicações para a premiação do ano que vem. Em 2019, Gaga levou a estatueta pela música de Nasce uma estrela.

Mais missões pela frente

Para quem não se cansa de vê-lo brilhar na tela, Tom Cruise -- que no próximo dia 3 de julho completa 60 anos -- mesmo antes de estrear Top Gun no Brasil, já deu um gostinho do que vem mais por aí. Na última 2ª feira (23.mai), após ter vazado no fim de semana, a Paramount lançou oficialmente o trailer de Missão Impossível - Dead Reckoning - Parte 1, o sétimo da série. 

Ethan Hunt (Cruise) lidera acrobacias insanas em cenas de ação de tirar ainda mais o fôlego -- se é que isso é possível. Quando a gente acha que não falta mais nada para ele fazer, lá vem ele mostrar que não há nada impossível na terra, na água ou no ar.

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