Papa pede fim ao tráfico de armas após massacre nos EUA
"É hora de dizer basta", afirmou Francisco
O papa Francisco denunciou nesta quarta-feira (25.mai) o comércio indiscriminado de armas após o massacre em um escola no Texas, Estados Unidos, deixar pelo menos 22 mortos, incluindo 19 crianças.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Meu coração está partido pelo massacre na escola primária do Texas. Eu rezo pelas crianças, pelos adultos mortos e por suas famílias. É hora de dizer basta para o tráfico indiscriminado de armas! Devemos nos comprometer para que tais tragédias nunca mais possam acontecer", lamentou o líder católico.
Na noite de ontem (24.mai), o Arcebispo de Chicago, Cardeal Blase Cupich, também expressou indignação. "Ainda não sabemos se o atirador de Uvalde se aproveitou do 'porte sem permissão', mas sabemos que a América está inundada de armas. Temos mais armas de fogo do que pessoas".
Ele também lembrou que o encontro anual da Associação Nacional de Rifles (NRA na sigla em inglês) esta marcado sexta-feira (25.mai), em Houston, capital do estado do Texas, onde ocorreu o massacre. "A NRA tem reunião anual na sexta-feira em Houston, cerca de 300 milhas a leste do massacre, menos de um ano depois que o governador do Texas sancionou um projeto de lei que permite que pessoas sem licença ou treinamento carreguem armas de fogo".
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também lamentou o segundo tiroteio em escola mais letal dos Estados Unidos, atrás apenas do massacre na escola de Sandy Hook, em Connecticut, em dezembro de 2012, quando 20 crianças com idades entre 6 e 7 anos e seis adultos foram mortos a tiros por Adam Lanza, com 20 anos na época.
"Estou profundamente entristecido pelo hediondo tiroteio em massa em uma escola primária no Texas. É particularmente doloroso que a maioria das vítimas sejam crianças. Meu coração está com as famílias e entes queridos das vítimas e com a comunidade de Uvalde", escreveu o chefe da ONU.
