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ONU lança alerta sobre clima e pede fim do desmatamento na Amazônia

Ação acontece em meio ao aumento da temperatura e crescimento do nível do mar

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Em abril, 1.197 km² da floresta amazônica foram desmatados, aumento de 54% no nível anual | Divulgação/Greenpeace
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A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou, nesta 4ª feira (18.mai), um alerta sobre a mudança climática global, que pode atingir um nível "catastrófico" caso os líderes internacionais não implementem ações sustentáveis. Assim como já relatado pela entidade, as principais preocupações são em relação a concentração de gases de efeito estufa, aumento do nível do mar e calor oceânico.

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Segundo os dados, os últimos sete anos registraram as maiores temperaturas já registradas. Em 2021, os termômetros mostraram uma baixa devido ao evento La Niña, que resultou em um resfriamento temporário, mas não conseguiu reverter a tendência geral de aumento das temperaturas. No período, a média global ficou cerca de 1,11ºC acima do nível pré-industrial.

Em comunicado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu medidas urgentes para conter os impactos da crise climática e propôs ações para impulsionar a transição para energias renováveis. Entre elas, estão o maior acesso à tecnologia e suprimentos de energia renovável, a triplicação dos investimentos privados e públicos em energias renováveis e o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis, que chegam a cerca de US$ 11 milhões por minuto.

"As energias renováveis são o único caminho para a segurança energética real, preços de energia estáveis e oportunidades de emprego sustentáveis. Se agirmos juntos, a transformação das energias renováveis pode ser o projeto de paz do século 21", disse Guterres, referindo-se à meta de conter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5ºC nos próximos anos.

Ao mesmo tempo, o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas, fez um apelo para que o desmatamento na Amazônia seja encerrado, uma vez que a derrubada de floresta está impactando cada vez mais na crise. Segundo ele, é apenas uma questão de tempo para que o mundo veja outro ano mais quente, avançando o derretimento das geleiras.

"Nosso clima está mudando diante de nossos olhos. Minha recomendação ao governo do Brasil é que parem o desmatamento e se concentrem até em plantar mais floresta na região. Claro que existem pressões econômicas e pressões locais para continuar a desmatar. Mas, no longo prazo, será muito prejudicial ao país se perder o ecossistema", disse.

A cobrança ocorre num momento em que as taxas de desmatamento no país batem novos recordes, chegando a 1.197 km² de devastação em abril, área do tamanho da cidade do Rio de Janeiro. O número, divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foi 54% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado e o pior para o mês desde 2008, quando o monitoramento foi iniciado.

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"O clima extremo tem o impacto mais imediato em nossas vidas diárias, como estamos vendo com a emergência da seca no Chifre da África, as recentes inundações mortais na África do Sul e o calor extremo na Índia e no Paquistão. A elevação do nível do mar, o calor dos oceanos e a acidificação continuarão por centenas de anos, a menos que sejam inventados meios para remover o carbono da atmosfera", alertou Taalas.

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