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Acordo de segurança entre China e Ilhas Salomão deixa Pacífico Sul em alerta

Eventual presença de militares chineses nas Ilhas Salomão deixaria país asiático próximo à Austrália

Acordo de segurança entre China e Ilhas Salomão deixa Pacífico Sul em alerta
Premiês da China e das Ilhas Salomão se cumprimentam (Huang Jingwen/Xinhua)
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O Pacífico Sul está em alerta com uma aliança de segurança prestes a ser firmada entre a China e as Ilhas Salomão, na Oceania. Governos se preocupam com a possibilidade de o acordo levar a uma escalada militar de grande proporção. O tamanho das ambições da China com ele permanece incerto.

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Uma eventual presença de militares chineses nas Ilhas Salomão colocaria o país asiático nas proximidades da Austrália e da Nova Zelândia, assim como da ilha de Guam, que possui grandes bases militares dos Estados Unidos. Até o momento, a China tem apenas uma base militar estrangeira reconhecida. Ela fica em Djibouti, na África. Porém, governos acreditam que o exército chinês está criando uma rede militar no exterior.

Segundo as Ilhas Salomão, um rascunho do acordo com a China foi rubricado na semana passada e, em breve, será "limpo" e assinado. De acordo com o documento, que vazou online, navios de guerra chineses poderiam atracar nas Ilhas Salomão para "reabastecimento logístico", e a China poderia enviar policiais, militares e outras forças de segurança para a ilha, com o objetivo de "ajudar na manutenção da ordem social".

O rascunho acrescenta que o governo chinês deve aprovar quais informações sobre o acordo podem ser divulgadas. Cerca de 700 mil pessoas vivem nas Ilhas Salomão. O país mudou o reconhecimento diplomático de Taiwan para Pequim em 2019.

Em fevereiro, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinkin, disse que o governo americano reabriria sua embaixada na capital das Ilhas Salomão, Honiara, para ter mais influência no país antes que a China se tornasse "fortemente incorporada". A embaixada está desde 1993.

A China e a nação da Oceania negaram que o pacto acarretará na criação de uma base militar chines. O segundo acrescentou que ele é necessário porque tem capacidade limitada de lidar com revoltas violentas internas, que lhes arruinaram e vem sendo recorrentes há anos. Entretanto, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos expressaram preocupação sobre a aliança. A premiê Jacinnda Ardrn, do segundo país, chegou a classificá-la como "gravemente preocupante".

O presidente da Micronésia, David Panuelo, aliado dos Estados Unidos, escreveu uma carta ao primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, com pedido para que repensasse o acordo e demonstrando preocupação com um eventual conflito militar na região similar ao da Segunda Guerra Mundial. Mas Sogavare zombou do receio, dizendo, pelas redes sociais, que Panuelo deveria estar mais preocupado com o atol da Micronésia ficar submerso no oceano, por causa das mudanças climáticas.

**Com informações da Associated Press

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