Igreja Católica espanhola recebe dados sobre 506 casos de abuso de menores
Segundo Conferência Episcopal Espanhola, alguns dos casos são conhecidos
Os 202 escritórios abertos pela Igreja Católica da Espanha, nos últimos dois anos, para receberem denúncias de abusos sexuais de menores cometidos dentro da instituição no passado somam 506 casos, dos últimos 80 anos, em análise ou com informações/reclamações recebidas. O anúncio foi feito na 6ª feira (11.mar) pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE).
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"Alguns desses casos já são casos conhecidos, que tiveram seu percurso nas esferas cível e canônica. Outros se tornaram conhecidos recentemente por meio de denúncias feitas nos escritórios ou pela mídia", afirmou a CEE. As denúncias, acrescenta a conferência, "referem-se a clérigos, clérigos consagrados (religiosos ordenados), consagrados (religiosos não ordenados) e leigos [cristãos de fora do clero]".
Dentre o total de denúncias, 103 dizem respeito a pessoas que já morreram, e mais de 300, a casos prescritos civil e canonicamente. A CEE explica os escritórios recebem e investigam ocorridos prescritos ou com acusados já falecidos porque, em sua visão, "a condição de vítima não prescreve e o pecado cometido também não prescreve".
Ainda nas palavras da CEE, "a Igreja está empenhada em desenvolver processos de formação que previnam esta situação [abusos em seu interior] no futuro, bem como remover aquelas pessoas que se revelam indignas". Entre as funções dos escritórios, está também a de estabelecer protocolos de ação e treinamento visando a proteger menores e prevenir abusos.
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