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Rússia diz estar 'aberta à diplomacia' sobre situação na Ucrânia

Declaração foi dada na reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU

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Declaração de Nebenzya foi dada em reunião de emergência da ONU | Divulgação
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O representante russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, afirmou, na noite de 2ª feira (21.fev), que a Rússia está 'aberta à diplomacia' em relação à crise com a Ucrânia. O diplomata reforçou, no entanto, a necessidade do país em defender as regiões separatistas.

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"Continuamos abertos à diplomacia para uma solução diplomática", disse Nebenzya durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança. "No entanto, permitir um novo banho de sangue em Donbass é algo que não pretendemos fazer", completou.

A reunião de emergência ocorreu depois que o presidente russo Vladimir Putin afirmou que irá reconhecer a independência das regiões separatistas da Ucrânia, ordenando que tropas militares fossem enviadas para as regiões. A decisão foi condenada durante sessão com os Estados Unidos e por lideranças europeias, como França e Alemanha.

Nebenzya defendeu a ordem dada por Putin e disse que a medida é uma tentativa de curmprir as "aspirações daqueles que vivem nas regiões separatistas", uma vez que os "moradores têm o desejo de falar a língua materna e passar os ensinamentos culturais russos aos filhos".

Ele também declarou que o governo ucraniano adotou uma "retórica agressiva" em relação à Donbass, recusando-se a manter diálogos com os representantes e conduzindo "aventuras militares" na região. Todos os acontecimentos, segundo ele, fez com que a Ucrânia "destruísse" os acordos com a Rússia.

Após a fala, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que as ações russas fazem parte de "pretexto" para uma nova invasão. Ela reforçou ainda que o possível conflito armado resultaria em consequências terríveis para a Ucrânia, para a Europa e para o mundo. 

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"Devemos enfrentar o momento e não desviar o olhar. A história nos mostra que ignorar tal hostilidade será um caminho muito mais caro", afirmou Linda. "A sequência de eventos que o secretário dos EUA, Antony Blinken, expôs para este conselho na última 5ª feira (17.fev) parece estar ocorrendo exatamente como previsto. Hoje, Putin rasgou o acordo de Minsk em pedaços", frisou.

Em nota, o diretor-geral da ONU, Antório Guterres, repudiou a declaração da Rússia, considerando-a uma violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia. O líder pediu, contudo, que todos concentrem os esforços para garantir a "cessação imediata das hostilidades, proteção de civis e infraestrutura civil, impedindo quaisquer ações e declarações que possam agravar ainda mais a situação". Novamente, ele reforçou o pedido por diplomacia.

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