Papa emérito Bento XVI pede perdão por abusos e erros do clero
Religioso foi acusado por entidade particular de acobertar casos de pedofilia na Alemanha
O papa emérito Bento XVI divulgou, nesta 3ª feira (8.fev), uma carta pedindo perdão pelos abusos sexuais contra crianças cometidos por padres da Igreja Católica. O religioso, de 94 anos, é acusado por uma entidade particular de omitir crimes de abuso contra menores, praticados durante sua conduta de arcebispo de Munique, na Alemanha.
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"Mais uma vez só posso expressar a todas as vítimas de abuso sexual minha profunda vergonha, minha grande dor e meu sincero pedido de perdão. Tive grandes responsabilidades na Igreja católica. Tanto maior é minha dor pelos abusos e erros que ocorreram durante o tempo de meu mandato nos respectivos lugares. Cada caso de abuso sexual é terrível e irreparável", escreveu Bento XVI.
Com a carta, também foi publicado um pequeno anexo de três páginas sobre a acusação dos abusos em Munique. Em nova resposta, os especialistas em direito reiteram que Bento XVI não estava ciente dos abusos praticados pelo então cardeal Joseph Ratzinger. Também foi afirmado que, na suposta reunião de 1980, para discutir a situação de Ratzinger, não foi decidido empregá-lo no trabalho pastoral.
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A declaração é em resposta a um relatório divulgado em janeiro deste ano sobre a omissão de Bento XVI em relação a quatro casos de abusos sexuais entre 1977 e 1982, envolvendo Ratzinger. Na época, o papa emérito era arcebispo de Munique e aceitou que o cardeal, cujos crimes, segundo o relatório, já eram de conhecimento da igreja, atuasse no local.