Boris Johnson tenta se firmar como uma das lideranças contrárias à Rússia
Primeiro-ministro britânico foi esnobado por Moscou
Sérgio Utsch
No momento em que vive sua pior crise política desde que assumiu, o primeiro-ministro Boris Johnson viajou para Kiev, agora pela manhã, para se encontrar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O premiê britânico vai anunciar um pacote de ajuda de 88 milhões de Libras (R$ 630 milhões). O Reino Unido também está oferecendo treinamento e armamentos, como canhões antitanque para o exército ucraniano.
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Boris Johnson espera que a crise com a Rússia tire um pouco o foco da crise que enfrenta em casa e que se aprofundou depois da divulgação parcial do relatório de uma investigação interna do governo. Houve menções de "falta de liderança", "consumo excessivo de álcool em Downing Street" e que "não há justificativas" para as festas que aconteceram na sede do governo durante o período de restrições pra conter o avanço do novo coronavírus.
A tentativa do premiê britânico em ser uma das lideranças ocidentais a negociar com a Rússia sofreu um revés, depois que o presidente russo Vladimir Putin se recusou a remarcar um telefonema que estava marcado para a tarde de ontem. Segundo o jornal The Guardian, "não está claro se o telefonema foi adiado pelos problemas de agendamento ou se foi um cálculo de Moscou pra destacar a irrelevância do Reino Unido e de Boris Johnson". No momento em que o telefonema deveria ter acontecido, Boris Johnson estava no parlamento se defendendo das últimas denúncias.
O britânico é uma das autoridades que vão visitar a Ucrânia durante a semana, em sinal de apoio ao país. Também são esperados em Kiev, os primeiros-ministros da Holanda, Mark Rutte e da Polônia, Mateusz Morawiecki, além de vários ministros de Relações Exteriores.
Veja reportagem do SBT Brasil: