Rússia quer diálogo, 'não guerra', diz ministro sobre crise na Ucrânia
Sergey Lavrov afirma, no entanto, que não vai permitir que os interesses do país sejam deixados de lado
SBT News
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse, nesta 6ª feira (28.jan), que deseja manter a diplomacia e o diálogo em relação à crise com a Ucrânia. Segundo ele, o país não planeja invadir o território ucraniano, mas deve haver um acordo que beneficie todas as partes.
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"Se depender da Rússia, não haverá guerra. Não queremos guerras. Mas tampouco vamos permitir que nossos interesses sejam grosseiramente ultrajados, ignorados", disse Lavrov. "Escolhemos a via da diplomacia há muitas décadas. Temos que trabalhar com todo o mundo. Esse é o nosso princípio", completou.
A situação entre os países começou a se intensificar no fim de 2021 após a Rússia posicionar 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia. Apesar do país negar qualquer plano de invasão, membros da comunidade internacional e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) temem o ataque.
Para tentar evitar a possível invasão, o governo dos Estados Unidos afirmou estar estudando fornecer mais armas à Ucrânia, além de impor um amplo conjunto de sanções à Rússia. Forças especiais norte-americanas também circulam dentro e fora do país para fornecer treinamento ao exército ucraniano.
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Na última 2ª feira (24.jan), o presidente Joe Biden informou que cerca de 8,5 mil soldados foram colocados em alerta intensificado para um possível deslocamento para a Europa Oriental, caso a OTAN os convoque para o serviço. Apesar do anúncio, não há sugestão de que as tropas participassem de funções de combate, mas sim em implantações de brigada de combate, logística, vigilância, transporte e auxílio médico.