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Presidente dos EUA, Joe Biden, quer corrigir alianças da era Trump

Em entrevista coletiva no marco dos 12 meses a frente da presidência, Biden disse que América Latina é o jardim da frente

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Casa Branca
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Washington DC -  Há um ano, Joe Biden tomou posse em uma cerimônia marcada pela tensão após a invasão do Capitólio. Ontem, 19 de janeiro, na coletiva de imprensa que marcou os 12 meses de governo, um dos temas de destaque foi a tensão entre Ucrânia e Rússia. No fim de quase duas horas, o correspondente da Univision - TV aberta americana com conteúdo integralmente em espanhol - perguntou se Biden planeja viajar para a América do Sul e outros países do Ocidente dado o fato de que a China tem ganhado muita influência na região. O presidente americano não citou os chineses e também não disse se pretende visitar a região nos próximos meses mas indicou que quer corrigir alianças feitas na administração anterior. 

"Quando eu era vice-presidente, eu fiz um discurso dizendo que se fossemos espertos teríamos a oportunidade de fazer do Hemisfério Ocidental, um hemisfério democrático. Estávamos nos movendo na direção correta na administração Obama-Biden mas tanto estrago foi feito como consequência de decisões de políticas externas da última presidência na América Latina, Central e América do Sul que agora nós temos - quando eu chamei pela Cúpula das Democracias - eu chamei assim (...) tivemos uma redução no número de democracias do mundo", disse o democrata. 

Joe Biden ainda disse que quando criança, na escola, eles costumavam falar sobre o quintal da América. "Não é o quintal da América. O sul da fronteira com o México é nosso jardim da frente.  E somos pessoas iguais. Nós não ditamos o que acontece em qualquer outra parte deste continente ou do sul do continente americano. Temos que trabalhar duro nisso. Mas o problema é: estamos tendo uma grande dificuldade em compensar os erros que foram cometidos nos últimos quatro anos e isso vai levar algum tempo. 

Imigração

Biden não deu na entrevista coletiva dados sobre fluxo migratório mas afirmou que está em contato com os líderes da América do Sul. "Estamos trabalhando de forma próxima para termos certeza de como lidar para ajudar os países em questão particularmente da América Central para que sejamos capazes de ajudá-los a lidar com o tema. As pessoas não se sentam na Guatemala e dizem: tenho uma grande idéia, vamos vender tudo que temos, dar o dinheiro a um coiote para nos levar em uma viagem terrivelmente perigosa pela América Central, pelo México, e nos deixar, nos jogar na fronteira, no deserto. Não será divertido? As pessoas partem porque têm problemas reais", disse o presidente norte-americano.

Enquanto ainda respondia a questão, o democrata lembrou mais uma vez seu período como vice de Obama. "Uma das coisas que eu fiz quando vice-presidente e ganhei suporte - embora eu não tenha muito mais apoio Republicano - foi prover bilhões de dólares para sermos aptos a dizer a estes países: por que as pessoas estão partindo? E como vocês vão reformar seus próprios sistemas?".

O presidente americano afirmou também que este é um tema em andamento e que ainda trabalha nisso, agora a frente da Casa Branca  No único momento em que citou a Venezuela, Biden se referiu a Maduro como "pouco mais que um ditador" na tradução literal. "Passei muito tempo falando e lidando com políticas que tem a ver com Maduro que é um pouco mais que um ditador agora", disse o presidente se referindo ao tempo que serviu como ex-presidente americano focado nas relações internacionais da América Latina.

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