Agência da ONU reconhece temperatura de 38ºC como recorde no Ártico
OMM também está verificando o recorde de temperaturas na Califórnia (EUA) e Sicília (Itália)
A temperatura de 38°C registrada na cidade russa de Verkhoyansk no ano passado foi reconhecida como a nova máxima de temperatura para a região do Ártico pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU, nesta 3ª feira (14.dez).
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"Este novo recorde no Ártico é parte de uma série de observações registradas no Arquivo de Fenômenos Meteorológicos e Climáticos Extremos da OMM, o que provoca alerta sobre a mudança climática", afirmou em um comunicado o diretor da agência, Petteri Taalas.
A temperatura de 38ºC foi registrada em 20 de junho, durante uma onda de calor excepcional e prolongada na região. As temperaturas médias no Ártico da Sibéria chegaram a 10°C acima do normal durante grande parte do verão (no hemisfério norte) do ano passado, causando uma perda maciça de gelo marinho e desempenhando um papel importante em 2020, sendo um dos três anos mais quentes já registrados, segundo a OMM.
A organização também está verificando a temperatura recorde de 54,4°C registrada no lugar mais quente do mundo, o Vale da Morte, na Califórnia (EUA), além da marca de 48.8°C registrada pela Sicília, na Itália, em agosto deste ano, no que pode ser o recorde de temperatura para a Europa continental.