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Líder deposta de Mianmar foi condenada a quatro anos de prisão

Aung San Suu Kyi pode sofrer outras condenações da junta militar que tomou o país no golpe de fevereiro

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Aung San Suu Kyi em encontro com Barack Obama em 2012. Ela foi deposta no começo do ano por militares e está presa | Official White House Photo by Pete Souza
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A junta militar de Mianmar condenou nesta 2ªfeira (06.dez) a 4 anos de prisão a vencedora do Nobel da Paz de 1991, Aung San Suu Kyi, 76 anos, por incitar a desordem pública e de violação das restrições anticovid. Esta foi a primeira condenação de vários processos que podem deixar a líder deposta presa por décadas.

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Ela está detida desde o dia 1º de fevereiro, quando os militares derrubaram seu governo, finalizando o breve período democrático em Mianmar. Após a sua prisão, a junta militar apresentou uma série de acusações contra a Suu Kyi, como a violação da lei de segredos oficiais, corrupção e fraude eleitoral. 

A líder deposta 'foi condenada a dois anos de prisão ao abrigo da seção 505(b) e a dois anos de prisão ao abrigo da Lei sobre Desastres Naturais", segundo afirmou o porta-voz da junta militar, Zaw Min Tun.

Além disso, as acusações que pesam sobre Suu Kyi estão relacionadas com as declarações do partido no qual ela faz parte, a Liga Nacional pela Democracia (LND), para condenar o golpe de estado pouco depois da tomada de poder pelos militares. 

Outros membros do partido foram condenados a duras penas, como um ex-ministro que recebeu sentença de 75 anos de prisão, e um amigo de Suu Kyi que foi condenado a pena 20 de anos de detenção. 

A Anistia Internacional condenou a sentença, que denunciou que a junta militar tenta 'asfixiar as liberdades' com a prisão da líder deposta.

Em caso de condenação de toda as sentenças, Suu Kyi pode passar décadas na prisão. 

Desde o começo do golpe, mais 1.300 pessoas foram mortas e mais de 10 mil foram presas na repressão contra os dissidentes, segundo uma ONG local. Apesar da pressão internacional, os militares continuam com a violenta repressão contra os protestos, que continuam em Mianmar.

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