Colômbia sinaliza que pretende expandir indústria da cannabis
"Estamos usando para fins médicos", afirmou o presidente Iván Duque
O presidente da Colômbia, Iván Duque, sinalizou que tem expectativas para o crescimento da indústria da maconha no país, que há décadas tenta combater o tráfico de cocaína.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Em entrevista à Associated Press durante uma visita a Israel, o líder colombiano afirmou que a venda de cannabis para fins médicos e outros fins é "uma história diferente" da cocaína, ressaltando que a segunda é prejudicial para o meio ambiente.
"Para plantar um hectare de coca na Colômbia, são destruídos dois hectares de selva tropical", disse ele, acrescentando que "você usa muita gasolina, muito cimento. Os produtos químicos de processamento são despejados na floresta".
Em julho, a Colômbia autorizou a exportação das flores secas de cannabis, que, até então, era proibida. Segundo Duque, a nação está buscando explorar derivados, que poderão ser utilizados em tratamentos médicos, produção de alimentos e cosméticos. "Não estamos usando cannabis para fins recreativos. Estamos usando para fins médicos", afirmou, reiterando que, com a medida, investimentos internacionais estão sendo encabeçados no país.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), a Colômbia confirmou a abertura de um centro de inovação em Jerusalém. Em Israel, a maconha medicinal já é legalizada. Atualmente, mais de 100 mil israelenses, em uma população estimada em 9 milhões de pessoas, são usuários licenciados. O país também abriga mais de 110 empresas de tecnologia de cannabis, voltadas especialmente ao setor da saúde. Ao todo, as companhias atraíram mais de US$ 350 milhões em investimentos desde 2015.