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Talibã: mulheres perdem emprego e direitos no Afeganistão

Escolas voltaram a funcionar no país neste sábado, porém, apenas com meninos e professores homens

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Escolas voltaram a funcionar no país neste sábado, porém, apenas com meninos e professores homens
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Atentados a bomba neste sábado (18.set) deixaram ao menos três mortos e 20 feridos no leste do Afeganistão. No mesmo dia, escolas secundárias voltaram a funcionar no país, porém, apenas com meninos e professores homens.  

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O Talibã também extinguiu o ministério para assuntos da mulher, pois enxerga que se trata de um atentado ao Islã. A pasta foi substituída por um departamento que cuida da "moral" e dos "bons costumes". Segundo a ex-assessora da antiga Pasta, Sara Seerat, "o fim do Ministério das Mulheres e a ausência de professoras nas escolas são o sinal de que tipo de sociedade eles estão construindo". Ela e outros funcionários foram dispensados neste sábado (18.set). 

Nas escolas, apenas meninos e professores homens foram chamados para a volta às aulas. Meninas e professoras não foram convocadas, indicando estarem fora dos planos do Talibã. Durante a semana, um oficial do grupo, apontado como governador da região de Helmand, disse que meninas poderiam frequentar a escola apenas até a sétima série e que o sistema educacional anterior foi montado para fazer lavagem cerebral nos estudantes. 

O índice de analfabetismo no Afeganistão é maior entre as mulheres: de acordo com a UNESCO, cerca de 70% não sabem ler ou escrever e, entre homens, o valor chega a 45%.

Para os fundamentalistas, os livros são armas perigosas. A sociedade teme que o próximo passo do grupo seja a censura de livrarias. Segundo o gerente de um comércio de livros em Cabul, as lojas estão vazias, pois muitos deixaram o país. Outros temem a necessidade de esconder ou eliminar algumas obras, a fim de se encaixar nas regras morais do Talibã. 

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