Economistas que estudaram o mercado de trabalho ganham o Nobel de Economia
Estudos sobre os impactos no salário mínimo reformularam o trabalho empírico nas ciências econômicas
SBT News
Na manhã desta 2ªfeira (11.out), a Real Academia de Ciências da Suécia anunciou três economistas norte-americanos ganharam o Prêmio Nobel de Economia por pesquisas pioneiras sobre os impactos do salário mínimo, imigração e educação no mercado de trabalho, além de criarem a estrutura científica para permitir que conclusões sejam extraídas de tais estudos que não usam a metodologia tradicional.
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O canadense David Card, da Universidade da Califórnia em Berkeley, recebeu a metade do prêmio de 10 milhões de coroas suecas, enquanto a outra metade foi dividida para Joshua Angrist do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e pelo holandês Guido Imbens, da Universidade de Stanford.
Segundo a academia sueca, o trio 'reformulou completamente o trabalho empírico nas ciências econômicas'.
Card trabalhou em uma pesquisa que usou restaurantes em Nova Jersey e no leste da Pensilvânia para medir os efeitos do aumento do salário mínimo. Ele e seu falecido parceiro de pesquisa Alan Krueger descobriram que um aumento no salário mínimo por hora não afetou o emprego desafiando a sabedoria convencional, que afirmava que um aumento no salário mínimo levaria a menos contratações.
Angrist e Imbens trabalharam nas questões metodológicas que permitem aos economistas tirar conclusões sólidas sobre causa e efeito, mesmo quando eles não podem realizar estudos de acordo com métodos científicos estritos.
Assista ao anúncio do prêmio (em inglês):