Pandemia afeta saúde mental de crianças e adolescentes, diz Unicef
Ansiedade, medo e raiva são alguns dos sentimentos mais reportados pelos jovens
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um alerta, na 3ª feira (5.out), sobre os impactos da pandemia de covid-19 a longo prazo na saúde mental de crianças e jovens. As sequelas se darão, principalmente, pelo baixo investimento nos cuidados psicológicos voltados a esse grupo.
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Transtorno de déficit de atenção, ansiedade, bipolaridade, depressão, distúrbios alimentares, autismo e esquizofrenia estão entre os distúrbios citados no relatório da Unicef. Segundo a diretora executiva da agência, Henrietta Fore, os últimos 18 meses foram longos para todos, principalmente para as crianças.
"O impacto é significativo, sendo apenas a ponta do iceberg", diz a líder, alertando para possíveis casos de suicídio devido ao isolamento social. "Os menores de idade foram privados do contato com familiares, amigos, com o convívio na sala de aula e brincadeiras ao ar livre, que são elementos essenciais da infância."
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Ao mesmo tempo, uma pesquisa do Unicef e do Instituto Gallup, aplicada em 21 países, descobriu que um em cada cinco jovens de 15 a 24 anos sofre de depressão ou tem pouco interesse em uma vida ativa. De acordo com o levantamento, o confinamento afetou 1,6 bilhão de menores de idade em todo o mundo.
Ações necessárias
O relatório O estado das crianças do mundo - 2021 inclui um apelo para que governos, iniciativa privada e parceiros se comprometerem a agir em prol da saúde mental de crianças e adolescentes, além de auxiliar quem necessite de ajuda.
O Unicef recomenda, por exemplo, investimentos em programas e setores de psicologia, e a "quebra" do silêncio sobre saúde mental, com mais informações sobre o assunto, sem menosprezar as experiências relatadas por crianças e jovens.