Justiça condena atirador de Maryland a cinco penas de prisão perpétua
Jarrod Ramos foi responsável pelo ataque ao jornal Capital Gazette em 2018, que deixou cinco mortos
Na 3ª feira (28.set), a Justiça de Maryland condenou Jarrod Ramos, de 41 anos, a cinco penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. O condenado foi considerado responsável pelo assassinato de cinco pessoas, em 2018, após entrar na redação do jornal Capital Gazette e atirar contra os funcionários.
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Segundo os promotores do caso, Ramos teria agido por vingança, depois que o jornal publicou uma reportagem sobre sua confissão de culpa por assediar uma ex-colega de classe, em 2011. Ramos já havia processado o jornal em 2012 por esse motivo, mas, de acordo com os promotores, ele planejou o ataque meticulosamente.
As acusações contra Ramos foram feitas em 2019, mas o julgamento foi adiado várias vezes devido à pandemia de covid-19. O juiz do caso, Michael Wachs, descreveu as ações do atirador como "ataque calculado a sangue frio contra funcionários inocentes de um jornal de uma pequena cidade", e ressaltou que achou "chocante que ele tenha afirmado que o tempo que passou se preparando para o ataque foram os melhores anos de sua vida".
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Após o ataque, Ramos ligou para o número de emergência da cidade e informou o ocorrido. Ele foi levado pelas autoridades e se declarou culpado. Durante o julgamento, sobreviventes e parentes das vítimas tiveram a oportunidade de compartilhar suas histórias.
Ameaças
Na reportagem, publicada em 2011 pelo jornal, o jornalista Erich Hartley contou como uma moradora de Maryland foi abordada por Ramos pelas redes sociais entre 2009 e 2010. Segundo a vítima, ela deu atenção a Ramos e tentou ajudá-lo, mas em seguida ele começou a persegui-la. Ele enviava e-mails ofensivos, ameaçava se matar ou matá-la. Também chegou a mandar e-mails para a empresa em que a vítima trabalhava para que fosse demitida.
Após meses de assédio, ela levou o caso à polícia, e Ramos foi julgado. Ele foi condenado a 90 dias de prisão, mas se declarou culpado e foi colocado em liberdade condicional. A reportagem foi publicada alguns dias depois da sentença.
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