França inicia julgamento de atentado terrorista que deixou 130 mortos
Ataques aconteceram em 2015 e foram realizados por membros do Estado Islâmico; 20 pessoas serão julgadas

SBT News
A França inicia nesta 4ª feira (8.set) o julgamento de 20 suspeitos de envolvimento nos atentados terroristas realizados no ano de 2015 em Paris. O ataque, organizado e efetuado pelo grupo Estado Islâmico, foi o mais mortal já visto pelo país nos últimos anos, deixando 130 mortos e mais de mil feridos.
Segundo as autoridades, o primeiro julgamento será de Salah Abdeslam, 31 anos -- único membro do grupo capturado vivo pela polícia. Ele serviu como membro para a logística do atentado, ajudando com o aluguel de apartamentos e a compra de armas para o grupo que conduziu os ataques. Abdeslam está preso desde que foi detido em 2016, na Bélgica, e pode ser condenado à prisão perpétua.
Mais 13 suspeitos, 10 dos quais também estão detidos, estarão no tribunal, acusados de crimes que vão desde ajudar os agressores com armas ou carros até a planejar ou participar dos ataques. Outros seis suspeitos, a maioria membros do grupo terrorista, serão julgados in absentia (sem a presença do réu) por ajudar a organizar os atentados.
Os ataques
Na noite de 13 de novembro de 2015, membros do grupo terrorista Estado Islâmico realizaram ataques simultâneos em Paris e Saint-Denis, na França. Ao todo, ocorreram três explosões separadas e seis fuzilamentos em massa, incluindo bombardeios perto do Stade de France.
O ataque mais mortal foi no teatro Bataclan, onde os terroristas fuzilaram várias pessoas e fizeram reféns até o início da madrugada de 14 de novembro. Os incidentes deixaram 130 mortos e mais de mil pessoas feridas.
De acordo com o Wall Street Journal, os ataques foram motivados como uma "retaliação" para o papel da França na intervenção militar na Síria e no Iraque.
Após os atentados, o então presidente francês, François Hollande, decretou estado de emergência nacional no país e colocou controles temporários sobre as fronteiras francesas.