Facebook bane contas ligadas ao grupo Talibã
Grupo islâmico que retomou o poder no Afeganistão terá seus conteúdos derrubados pela empresa de tecnologia
O Facebook anunciou nesta 3ªfeira (17.ago) que vai seguir com banimento de todas as contas ligadas ao grupo fundamentalista islâmico Talibã, que voltou ao poder no Afeganistão após 20 anos, depois da retirada de tropas norte-americanas do país. A medida já era adotada pela rede social, por considerar que conteúdos relacionados ao grupo violavam a "política de organizações e indivíduos perigosos".
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A empresa de tecnologia de Mark Zuckerberg formou uma equipe de especialistas afegãos que ficarão encarregados de remover todo tipo de conteúdo relacionado ao Talibã, cujo o grupo utilizava para promover suas mensagens.
Além da famosa rede social, o Instagram e o aplicativo de mensagens WhatsApp, que também pertencem ao Facebook, vão seguir a determinação de restrição de conteúdo.
À rede de televisão britânica BBC, um porta-voz da companhia disse que "o Talibã é sancionado como organização terrorista pela lei dos EUA, e nós o banimos de nossos serviços de acordo com nossas políticas para organizações perigosas. Isso significa que removemos contas mantidas por ou em nome do Talibã".
Leia a íntegra do comunicado sobre o tema divulgado pela rede social:
"O Talibã é reconhecido como uma organização terrorista pelas leis dos Estados Unidos e foi banido dos nossos serviços em razão das nossas políticas para Organizações Perigosas. Isso significa que removemos contas mantidas pelo Talibã ou aquelas em seu nome e também proibimos elogios, apoios ou a sua representação. Temos um time dedicado de especialistas afegãos, nativos em Dari e Pachto e que tem conhecimento do contexto local, que nos ajudam a identificar problemas em nossas plataformas. Nossos times estão monitorando de perto a situação na medida em que ela evolui. O Facebook não toma decisões sobre reconhecer governos em nenhum país em particular, mas respeita a autoridade da comunidade internacional nesta determinação. Independentemente de quem estiver no poder, vamos tomar as medidas apropriadas contra contas e conteúdos que violarem as nossas regras."