Família de médico preso no Egito divulga pedido de desculpas
Victor Sorrentino está detido desde o dia 30 de maio após assediar vendedora mulçumana
A família do médico gaúcho Victor Sorrentino, preso no Egito após assediar verbalmente uma vendedora mulçumana, divulgou uma carta com um pedido de desculpa em inglês e em árabe. O texto foi publicado em uma rede social de Patrícia Sorrentino, irmã de Victor.
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"Com relação aos recentes eventos relacionados ao caso do médico brasileiro Victor Sorrentino no Egito e aos danos materiais e morais causados a todos aqueles que foram afetados. Nós, da família de Victor Sorrentino, e em nome de Victor, oferecemos um pedido de desculpas oficial à vítima, sua família e a todos aqueles que foram atingidos pelo ocorrido. A todo amado povo egipcio e a todos os oficiais do Estado do Egito nós oferecemos nossos sentimentos mais sinceros e nos comprometemos a reparar todos os danos morais e materiais. Pedimos que aceitem nosso pedido de desculpas", diz a carta.
O documento foi assinado pelos pais de Victor, Migel e Maria Cristina Laindes Sorrentino; os irmãos Guilherme, Patricia e Daniela Sorrentino; e a esposa do médico, Kamila Monteiro.
Entenda o caso
O médico foi preso no último domingo (30.mai) após ter compartilhado em sua conta no Instagram um vídeo em que aparece importunando uma vendedora egípcia com piadas de conotação sexual. "Vocês gostam mesmo é do bem duro, né?", perguntou em português.
Sem entender o idioma, a atendente do estabelecimento -- que explicava ao médico como era feito o papiro -- responde positivamente à pergunta. Aos risos, Victor e os amigos continuam: "E comprido também fica legal, né?".
Após a repercussão negativa, o médico apagou a publicação e restringiu o acesso ao seu perfil, que antes era público.
Itamaraty acompanha a situação
Em nota, o Itamaraty informou que foi avisado sobre a situação de Victor e que presta toda a assistência possível por meio de sua Embaixada no Egito; "respeitando os tratados internacionais vigentes, como a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, e a legislação local."
Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.