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Reino Unido muda recomendação de uso da vacina Oxford/Aztrazeneca

Agência reguladora britânica aconselha pessoas com menos de 30 anos a evitar o imunizante

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vacina de oxford
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A agência reguladora britânica decidiu hoje que jovens com 30 anos ou menos deverão preferencialmente não ser imunizados com a vacina Oxford/Aztrazeneca. "Não estamojs aconselhando parar a vacinação de nenhum indivíduo em nenhum grupo. O que estamos dizendo é que deem preferência a uma vacina em vez de outra em um determinado grupo de idade", afirmou o professor Wei Shen Lin, do Comitê de Imunização do Reino Unido.

A decisão foi anunciada depois de novos estudos sobre casos de trombose registrados em pessoas que tomaram a vacina. Houve 79 em um grupo com mais de 20 milhões de vacinados. 19 pessoas morreram. Os cientistas identificaram que os riscos, embora extremamente raros, são um pouco maiores na população mais jovem.

June Raine, chefe-executiva da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido, lembrou que todos os medicamentos e vacinas disponíveis no mercado trazem algum risco. "Enquanto os testes clínicos nos possibilitam identificar os efeitos mais comuns, aqueles mais raros são detectados apenas quando a vacina é usada em larga escala", afirmou.

A primeira estimativa da agência britânica é que o risco seja de 4 casos de trombose para cada milhão de vacinados. Tanto os cientistas britânicos quanto os da União Européia afirmaram que "os benefícios da vacina são bem maiores que os riscos".

Em Amsterdã, na Holanda, a Agência Européia de Medicamentos, fez um pronunciamento simultâneo. O órgão regulador da União Europeia admitiu que casos raros de trombose podem ser causados pela vacina e que devem, a partir de agora, serem listados como possíveis efeitos colaterais.

A recomendação é que a vacina continue sendo usada em todos as idades. Mas, no momento, pelo menos 10 países europeus, entre eles França, Itália, Alemanha e Espanha, limitaram o uso do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em que tem mais de 55 anos. Alguns países optaram pelo uso em quem tem 60 anos ou mais.

A agência europeia analisou 86 casos de trombose registrados em um universo de 25 milhões de pessoas no Reino Unido e nos 27 países do bloco europeu e concluiu que o risco de trombose, embora muito raro, pode ser mais comum em mulheres que tem menos de 60 anos.

Ciente de que os problemas podem afetar a credibilidade da vacina, os cientistas lembraram que o risco de trombose em quem contrai o novo coronavírus é muito maior do que no grupo que é vacinado. "Essa vacina se provou altamente eficaz. Ela previne os sintomas severos e a hospitalização e está salvando vidas", disse Emer Cooke, diretora-executiva da Agência Europeia de Medicamentos.
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