Mundo
Crise climática: papa pede resposta global para drama dos deslocados
No primeiro semestre de 2020, o número de deslocados chegou a 14,6 milhões
SBT News
• Atualizado em
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O papa Francisco fez um apelo por respostas globais para o drama do crescente número de pessoas deslocadas devido à crise climática em seus países e cidades. Em documento, o pontífice frisou que o problema está se tornando uma das principais emergências da atualidade.
O documento, publicado pela Secção Migrantes e Refugiados - Setor de Ecologia Integral do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé), citou os ciclones na Beira, em Moçambique, como exemplo da crise provocada pelas alterações climáticas.
"Quando as pessoas são obrigadas a migrar porque o ambiente em que vivem não é mais habitável, pode-nos parecer a consequência de um processo natural, algo inevitável. Porém, a deterioração do clima muitas vezes é fruto de decisões erradas e de atividades destrutivas, egoísmo e negligência, que colocam a humanidade em conflito com a criação, nosso lar comum", escreveu o papa.
De acordo com o sacerdote salesiano Joshtrom Isaac Kureethadam, chefe dos refugiados da Comissão Covid-19 do Vaticano, no primeiro semestre de 2020, o número de deslocados chegou a 14,6 milhões. Cerca de 9,8 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas em consequência de desastres naturais e 4,8 milhões por conflito e violência.
Francisco também alertou que muitas pessoas são forçadas a abandonar campos e zonas litorais devido às complicações climáticas, e sugeriu que adaptemos o famoso "ser ou não ser" de Hamlet, de Shakespeare, para "ver ou não ver, eis a questão". "A maioria acaba vivendo em favelas perigosamente superlotadas ou em acampamentos improvisados esperando o seu destino", lamentou o pontífice.
O papa convidou a Igreja a "tomar consciência da indiferença da sociedade e dos governos perante esta tragédia". "Aqueles que foram despejados das suas casas devido à crise climática precisam ser acolhidos, protegidos e integrados. Eles querem recomeçar. Para que possam criar um novo futuro para seus filhos, precisam de ter permissão para o fazer", acrescentou.
O documento, publicado pela Secção Migrantes e Refugiados - Setor de Ecologia Integral do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé), citou os ciclones na Beira, em Moçambique, como exemplo da crise provocada pelas alterações climáticas.
"Quando as pessoas são obrigadas a migrar porque o ambiente em que vivem não é mais habitável, pode-nos parecer a consequência de um processo natural, algo inevitável. Porém, a deterioração do clima muitas vezes é fruto de decisões erradas e de atividades destrutivas, egoísmo e negligência, que colocam a humanidade em conflito com a criação, nosso lar comum", escreveu o papa.
De acordo com o sacerdote salesiano Joshtrom Isaac Kureethadam, chefe dos refugiados da Comissão Covid-19 do Vaticano, no primeiro semestre de 2020, o número de deslocados chegou a 14,6 milhões. Cerca de 9,8 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas em consequência de desastres naturais e 4,8 milhões por conflito e violência.
Francisco também alertou que muitas pessoas são forçadas a abandonar campos e zonas litorais devido às complicações climáticas, e sugeriu que adaptemos o famoso "ser ou não ser" de Hamlet, de Shakespeare, para "ver ou não ver, eis a questão". "A maioria acaba vivendo em favelas perigosamente superlotadas ou em acampamentos improvisados esperando o seu destino", lamentou o pontífice.
O papa convidou a Igreja a "tomar consciência da indiferença da sociedade e dos governos perante esta tragédia". "Aqueles que foram despejados das suas casas devido à crise climática precisam ser acolhidos, protegidos e integrados. Eles querem recomeçar. Para que possam criar um novo futuro para seus filhos, precisam de ter permissão para o fazer", acrescentou.
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