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Angela Merkel pede desculpas por cancelar lockdown da Alemanha na Páscoa

A intenção era colocar a Alemanha em regras mais restritas durante o feriado, mas a chanceler voltou atrás

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Reprodução/ Bundesregierung
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A chanceler alemã Angela Merkel pediu desculpas públicas ao país depois de cancelar uma decisão anunciada ontem e que acionaria o chamado "freio de emergência" no país durante o feriado de páscoa. "O erro foi meu e eu assumo total responsabilidade", disse a chefe do governo, durante entrevista coletiva, na manhã desta 4ª feira (24.mar) em Berlim.
 
O plano era colocar o país sob regras muito restritas, fechando até mesmo alguns serviços considerados essenciais, durante quatro dias, a partir da quinta-feira da semana que vem. "Pra ser clara, a ideia foi pensada com a melhor das intenções porque precisamos diminuir a circulação e reverter a terceira onda da pandemia".

A chanceler admitiu, no entanto, que não haveria tempo para implementar as medidas necessárias de forma adequada.O governo alemão já tinha decidido estender as restrições em vigor no país até o dia 18 de abril. A Alemanha e vários países do bloco europeu já encaram a terceira onda como algo inevitável. O objetivo agora é minimizá-la.
 

VACINAS


Outro agravante é o ritmo de vacinação no bloco europeu, bem abaixo do previsto pelas autoridades por conta do atraso na entrega de imunizantes. O principal problema é com a Aztrazeneca, que não vai entregar nem metade das 90 mihões de doses, que foram contratadas pela União Européia até o fim de março. 

Hoje, mais um mecanismo foi aprovado pra facilitar a ação dos países do bloco para impedir a exportação de vacinas. A medida visa aos carregamentos que tem como destino países que tem bons índices de vacinação, como o Reino Unido.

A União Européia já tinha autorizado o bloqueio de exportações, mas só acionou o mecanismo uma vez. Em 5 de março, o governo italiano proibiu a saída de 250 mil doses produzidas no país, que tinham a Austrália como destino.

A medida, no entanto, poderá atingir principalmente o Reino Unido. Metade dos britânicos adultos já receberam ao menos uma dose da vacina. Na União Européia, esse mesmo índice é de 9,5%, segundo o site Ourworldindata, que usa informações monitoradas pela Universidade de Oxford.

Desde que a política entrou em vigor, no início de março, a União Europeia alega ter exportado 10 milhões de doses para o Reino Unido. Mas nenhuma dose, segundo o bloco, fez o caminho contrário. "Estamos introduzindo critérios adicionais para assegurar que a UE não fique atrás com o seu programa de vacinação como resultado de seu massivo programa de exportações'', disse Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Européia.

Os britânicos são contra o mecanismo. A eles, Dombrovskis mandou um recado: "Se tivermos que discutir solidariedade e responsabilidade global, então fica claro que temos que olhar para esses aspectos de reciprocidade e proporcionalidade".

Assista à reportagem completa do SBT Brasil
 
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