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Legisladores americanos e o impasse sobre o pacote econômico

Depois de Donald Trump ameaçar não assinar o pacote econômico já aprovado no Senado, o tema deve voltar à votação na próxima semana

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Donald Trump
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Nova York - Na portaria do edifício residencial de Nova York, a conversa era sobre os cheques que em breve chegarão às mãos dos americanos. "Ajuda, mas não é suficiente para uma mudança da situação a médio prazo", disse um rapaz da Costa Rica que vive no Brooklyn.

O pacote de ajuda financeira foi aprovado esta semana pelo Senado e prevê que cada cidadão, adulto ou criança, receba US$ 600. No total, o projeto prevê a liberação de US$ 900 bilhões para auxílio da população e empresários que poderão ter acesso a empréstimos facilitados. Tudo parecia certo para que os cheques chegassem às residências já na próxima semana até que Donald Trump, sem discursar ou dar entrevistas por vários dias, falou. O vídeo foi postado nas redes sociais. Trump disse:

"Durante o verão, os democratas bloquearam cruelmente a legislação de alívio da covid-19, em um esforço para fazer avançar sua agenda de extrema esquerda e influenciar a eleição. Então, há alguns meses, o Congresso iniciou negociações sobre um novo pacote para obter a ajuda urgentemente necessária ao povo americano. Demorou uma eternidade. No entanto, a conta que eles planejam enviar agora para minha mesa é muito diferente do que o previsto. É realmente uma desgraça".


Donald Trump disse que os cheques devem ter o valor de US$ 2mil ou US$ 4mil (para casais) e ameaçou não assinar o pacote caso ele não volte para o legislativo e seja aprovado com mudanças. 
Logo depois, a líder da Cãmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, também usou o Twitter para dizer que seu partido defende o aumento no valor dos cheques para US$ 2 mil e sugeriu que os líderes republicanos no Senado e na Câmara concordem com a alteração para que tudo seja feito até o meio dia do dia 24 de dezembro. 
 

Quem estava feliz esperando receber o dinheiro antes do fim do ano terá que esperar. A expectativa é que a Câmara retome o tema na segunda-feira, 29 de dezembro, para anular a votação. Se isso for aprovado, o Senado deve retornar na terça-feira, dia 30 de dezembro, para considerar a subistituição do texto do pacote de ajuda financeira. 

Nos bastidores, o entendimento é que, a menos de trinta dias de deixar o cargo, Donald Turmp desafia deputados e senadores do próprio partido fazendo com que eles escolham entre a fidelidade a ele e o trabalho como legisladores. 
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