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Donald Trump silencia-se às vésperas do resultado das eleições dos EUA

Nos últimos dois dias a agenda do republicano não teve compromissos públicos e o presidente americano não discursou ou deu entrevistas

Donald Trump silencia-se às vésperas do resultado das eleições dos EUA
casa branca na quinta-feira 5 de novembro
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Casa Branca nesta quinta-feira (5 de novembro)/Patrícia Vasconcellos

Washington DC - Mais um dia de céu azul e temperatura amena, beirando os dez graus celsius. Em frente ao gramado, na área onde os correspondentes são autorizados a trabalhar, o cenário é como uma pintura. A luz refletida no verde das copas das árvores deixa a construção branca inaugurada em 1792 com um visual bucólico. Donald Trump está ali há três dias. Desde que voltou da Virgínia na terça-feira de manhã, no dia 3 de novembro, não mais saiu. Discursou naquela noite para convidados afirmando que havia vencido as eleições mas desde que a apuração mostrou vantagem democrata com possiblidade de vitória, o presidente dos Estados Unidos escolheu o silêncio. Sem pronunciamentos ou entrevistas até o fim da manhã desta quinta-feira, 5 de novembro, Trump fala como de costume pelas redes sociais.

O primeiro tweet desta quinta-feira (5.nov) tinha três palavras, todas em caixa alta: "parem a contagem!" escreveu Donald Trump pedindo que a apuração dos votos de papel enviados por serviço postal não seja mais feita. Com a pandemia, muitos eleitores escolheram esse método (enviar o voto por correspondência) e com o atraso da empresa que faz as entregas, a apuração atrasou em relação a anos anteriores. O prazo estendido para contagem desses votos foi garantido pela justiça americana e o voto por correspondência é também um direito garantido por lei.

Ainda assim, os advogados de Trump solicitaram à Suprema Corte uma revisão da decisão que permitiu o estado da Pensilvânia apurar as cédulas de papel até o dia 6 de novembro. Outras ações locais foram iniciadas em pelo menos cinco estados. A equipe de Trump quer parar a contagem, por exemplo, no estado de Nevada e solicitou a recontagem em Wisconsim onde Joe Biden venceu por uma vantagem menor que um por cento.

Os eleitores de Joe Biden em Washington DC


artista plástico Pablo Castillo/Patrícia Vasconcellos

Em frente à grade que protege a praça que dá na Casa Branca, uma rua foi batizada de "vidas negras importam". Ali, todos os dias, pequenos grupos que apoiam o partido democrata têm se reunido. Na última noite de 4 de novembro, o clima era mais tranquilo. Em vez dos gritos de "fora Trump" se ouvia música. Dois jovens levaram uma caixa de som para a rua e cantavam melodias religiosas. Um jovem artista plástico filho de pais mexicanos e que vive em Los Angeles havia acabado de chegar à Washington DC. Ele levou para a frente da Casa Branca duas de suas obras. Uma, um cartaz que podia ser assinado por qualquer pessoa. Outra, um quadro com o desenho de Donald Trump e os dizeres "game over" fim do jogo. Pablo Castillo disse sobre o clima de tranquilidade no local: "é o silêncio após a tormenta". Ele acredita na vitória de Joe Biden. Esse também é o pensamento de outros dois jovens que estavam sentados na calçada e acompanhando pelo celular a apuração dos votos. "Quis vir para rua para que minha voz seja ouvida. Quero fazer parte desta história" disse Sequan, jovem de 29 anos que vestia uma máscara com os dizeres "vidas negras importam". Seu colega, Derrick, também torcia pela vitória de Joe Biden e Kamalla Harris.


Sequan e Derrick, jovens de 29 anos nos arredores da Casa Branca/Patrícia Vasconcellos

 
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