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Estados Unidos são ausência na Cúpula da Biodiversidade da ONU

Um dia após o primeiro debate entre os candidatos à presidência, um evento nas Nações Unidas reuniu discursos de líderes globais sobre o meio ambiente

Estados Unidos são ausência na Cúpula da Biodiversidade da ONU
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Nova York
- Um dia depois de Joe Biden afirmar no primeiro debate com Donald Trump que o presidente norte-americano não foca em política internacional quando o assunto é meio ambiente e que ele reuniria países para o envio de US$ 20 bilhões ao Brasil para o combate aos incêndios nas florestas, um evento na ONU tratou do tema biodiversidade. A cúpula verde na ONU aconteceu nesta quarta-feira (30) um dia depois do fim dos discursos dos líderes na Assembleia Geral.

Com menor impacto no noticiário internacional em comparação com a Assembléia Geral, a Cúpula da Biodiversidade da ONU foi virtual e reuniu discursos de ministros de estado, secretários, presidentes e primeiros ministros. A abertura do evento foi feita pelo secretário geral da ONU António Guterres (o único a discursar na sede em Nova York), o Príncipe Charles do Reino Unido e o presidente chinês Xi Jinping. Entre os líderes que participaram estão Emmanuel Macron da França, a presidente da Suíça Simonetta Sommaruga, o primeiro ministro britânico Boris Johnson e Jair Bolsonaro.

Chamou a atenção a ausência do país sede do evento virtual. Os Estados Unidos não enviaram discurso nem de Donald Trump ou qualquer representante. A ONG Greenpeace afirma em sua página virtual que "os Estados Unidos são um dos apenas quatro Estados membros da ONU que não fazem parte da convenção sobre diversidade biológica e a ausência de hoje (30.set) envia um forte sinal aos líderes mundiais de que os Estados Unidos não têm intenção de mudar de rumo tão cedo".

Vladmir Putin, da Rússia destacou o ministro de recursos naturais Dmitry Kobylkin para falar em seu lugar.

O discurso do Brasil
Num vídeo de 6 minutos exibido na Cúpula da Biodiversidade da ONU nesta quarta-feira (30 de Set), o presidente brasileiro Jair Bolsonaro disse: "Estamos cientes do enorme potencial da bioeconomia. É preciso que cheguemos a um consenso e que saibamos combinar sustentabilidade com desenvolvimento e preservação ambiental com inovação econômica".

Bolsonaro afirmou ainda que "no Brasil temos orgulho de pertencer ao grupo de países megadiversos e de possuir a maior extensão de vegetação nativa do planeta o que corresponde a 60% do nosso território nacional". O presidente do Brasil afirmou que a proteção dos recursos naturais é prioridade e citou o Pantanal: "no Pantanal fortalecemos a integração entre agência governamentais com o apoio das forças armadas para atuar de maneira coordenada e assim combater os focos de incêndio no entorno desta região".

"Rechaço de forma veemente a cobiça sobre nossa Amazônia, e vamos defender de ações e narrativas que agridam a interesses nacionais". O presidente brasileiro afirmou ainda que "organizações associadas a algumas ONGs comandam os crimes ambientais no Brasil e no exterior."

Sobre a afirmação de Joe Biden no comício da 3ª feira à noite (29.set) de que ele reuniria países para o envio de dinheiro para recuperação das florestas brasileiras, Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (30.set) pelo Twitter que "não aceita subornos, criminosas demarcações ou infundadas ameaças" e que a soberania do Brasil é inegociável. 

(A foto que ilustra a reportagem nas redes sociais é uma reprodução da Associated Press) 
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