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Justiça

Justiça nega pedido de prisão dos policiais envolvidos na morte de Heloísa

Agentes da Polícia Rodoviária Federal terão que usar tornozeleira eletrônica

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A Justiça negou, nesta 2ª feira (18.set), o pedido de prisão dos três agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos na morte da menina Heloísa, no Rio de Janeiro, mas determinou o uso de tornozeleira eletrônica.

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Apesar de ter negado o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público Federal (MPF), a Justiças impôs medidas restritivas aos policiais investigados por homicídio doloso -- nesse caso, quando se assume o risco de matar.

Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva não poderão sair de casa à noite e nos dias de folga. Também estão proibidos de se aproximar do carro em que Heloísa estava e de manter contato com os parentes da menina. A decisão também determina o monitoramento eletrônico dos três investigados.

"As normas dizem que não é possível a um agente, diante da não parada de um veículo, disparar arma de fogo. Isso está escrito nas normas da PRF. Estamos lutando para que essas e outras normas sejam cumpridas adequadamente", afirmou o ministro da Justiça Flávio Dino.

O corpo de Heloísa foi enterrado no domingo, em Petrópolis, região serrana do Rio. A causa da morte foi a lesão provocada por um tiro de fuzil que atingiu a cabeça.

A tia de Heloísa dos Santos da Silva relatou, ao Ministério Público Federal, a presença de 28 agentes da Polícia Rodoviária Federal no hospital para onde a menina, de três anos, foi levada após ser baleada numa ação da PRF, no último dia 7.

Os policiais ficaram vasculhando e mexendo no carro alvejado. Um dos agentes apontou para ela um projétil e disse que aquele projétil é que teria atingido o veículo deles. Para o MPF, foi uma tentativa de intimidar a testemunha.

A investigação indicou que ninguém no carro da família de Heloísa estava armado. "São comportamentos que, no geral, nos causam estranheza e que estão sendo objeto de investigação", afirma o procurador do MPF, Eduardo Benones.

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