Quem é Mauro Cid e como a colaboração ameaça Bolsonaro
Tenente-coronel foi ajudante de ordens do ex-presidente; defesa de Bolsonaro diz que "não há o que delatar"
Lis Cappi
Preso desde 3 de maio por investigações em fraude em cartões de vacina, o tenente-coronel Mauro Cid alcançou o acordo de colaboração premiada e deixou o Batalhão de Polícia do Exército de Brasília neste sábado (9.set), 139 dias depois de preso. O militar atuou como ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e era um dos nomes mais próximos do então mandatário no último governo.
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As apurações contra Cid começaram em esquema de fraude em cartões de vacina, mas se estenderam em outras áreas e o colocaram como alvo em seis inquéritos, que vão de saques em espécie de cartões corporativos da presidência à tentativa de venda ilegal de presentes recebidos por autoridades estrangeiras durante viagens oficiais.
Outra investigação que envolve Cid é a que apura o vazamento de informações sigilosas de um inquérito da Polícia Federal que foi utilizado para atacar urnas eletrônicas.
Todos os casos estão ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A expectativa é que uma colaboração premiada concedida por Cid possa contribuir com o avanço de investigações contra o ex-presidente.
A defesa de Bolsonaro nega haver pontos a serem delatados. Em mensagem compartilhada nesta semana, o advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação do antigo governo, Fabio Wajngarten, afirmou que "não há o que delatar".
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