Pai de Mauro Cid perde autorização para visitar filho na prisão
Decisão foi tomada após ambos os militares passarem a ser investigados no caso da venda de joias da presidência
O general Mauro Lorena Cid perdeu a autorização para visitar o filho, o tenente-coronel Mauro Cid, na prisão. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ambos os militares passarem a ser investigados no processo de compra e revenda de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Até então, as visitas eram permitidas porque Mauro Cid estava preso sob o inquérito que apura fraudes em cartões de vacinação da covid-19. No início de agosto, no entanto, a Polícia Federal descobriu que o tenente-coronel negociou, com a ajuda do pai, joias e relógios dados à presidência por autoridades estrangeiras.
As investigações revelaram que as contas do general Lorena Cid teriam sido usadas para repassar o dinheiro da venda dos itens - entregue à Bolsonaro em espécie. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), as joias não podiam ser lançadas no acervo privado do ex-presidente por não serem classificadas de natureza personalíssima.
+ Depoimento de hacker dá fôlego a governistas contra Bolsonaro
Em meio às novas revelações, ambos os militares passaram a ser investigados, inclusive, por suposta formação de organização criminosa. Além de não poder mais receber as visitas do pai, Mauro Cid também foi proibido de se comunicar com os demais investigados no caso, como o segundo-tenente do Exército Osmar Crivelatti e o ex-advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef.