Organização dos Estados Americanos cria grupo para acompanhar caso Bruno e Dom
Medida visa assegurar ações cautelares para proteger integrantes da Univaja
Camila Stucaluc
A Organização dos Estados Americanos (OEA) criou um grupo de trabalho para acompanhar o caso do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips - ambos assassinatos em junho de 2022. A ideia é observar as medidas cautelares adotadas pelo governo brasileiro para assegurar a vida de integrantes da União dos Povos Indígenas do Vale de Javari (Univaja).
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Segundo a entidade, o grupo de trabalho será formado por três eixos estruturantes: funcionamento de um Grupo de Articulação e Coordenação Nacional; ações de seguimento e monitoramento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH); e sessões da Mesa de Trabalho Conjunta. Ao todo, os trabalhos devem durar, inicialmente, dois anos.
Bruno Pereira e Dom Phillips faziam uma viagem pelo Vale do Javari, no Amazonas, quando foram rendidos por moradores locais após registrarem a prática de atividades ilegais na região, como garimpos. De acordo com a investigação policial, ambos foram mortos a tiros e tiveram os corpos esquartejados e carbonizados.
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Em junho, a Justiça Federal voltou a ouvir os três réus acusados de participação nos assassinatos - Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como "Pelado", Osney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima. O trio, preso desde julho de 2022, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), sendo acusado, conforme participação no caso, de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.