MPSP vai recorrer da decisão de soltura de Anna Carolina Jatobá
Apesar de estar solta, ela terá que cumprir algumas regras até o fim da pena, de 26 anos e 8 meses
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) vai recorrer da decisão de libertar Anna Carolina Jatobá, acusada por participar da morte da enteada, Isabela Nardoni, em 2008. O promotor responsável não se pronunciou, já que o caso está em segredo de justiça.
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Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), apesar de estar em regime aberto, ela terá que cumprir algumas regras até o fim da pena, de 26 anos e 8 meses. Até o momento, as determinações são: estar dentro de casa entre 22h e 5h; não portar, nem usar bebidas alcoólicas ou substância ilícitas e não frequentar locais de jogos ou bares. O juiz poderá definir outras regras, caso ache necessário.
O procurador de justiça aposentado, Marcelo Milani, que também participou do júri que condenou Suzane Von Richtofen, disse nem todos os presos conseguem recorrer ao STJ para tentar uma progressão do regime "Presuponho que tenha ocorrido [para Anna Jatobá] devido à repercussão do caso", disse Milani. Ele ainda reitera que, apesar de solta, "a pena dela continua sendo cumprida".
ENTENDA O CASO
A decisão judicial que beneficiou Anna foi proferida pela 2ª Vara das Execuções Criminais de Taubaté, que decidiu pela progressão ao regime aberto. A decisão ocorre 15 anos após o assassinato de Isabella.
Jatobá voltou a cumprir pena em regime fechado em junho de 2020, quando foi flagrada conversando com os filhos através de uma chamada de vídeo na penitenciária e perdeu o direito ao semiaberto.
Ela havia progredido ao regime em julho de 2017, após os advogados de defesa afirmarem que a presa tinha direito ao benefício por ter cumprido o tempo mínimo para a mudança, além do bom comportamento na unidade prisional.
Jatobá e o marido, Alexandre Nardoni, foram condenados por homicídio triplamente qualificado. O casal sempre negou a autoria do crime, que ocorreu na zona norte de São Paulo, e teve ampla repercussão nacional.
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