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Ministros do STF reagem após ataques de Jefferson a Cármen Lúcia

Ministra diz que país vive "tentativa de erosão democrática", mas democracia "vale o que cada um de nós faz"

Ministros do STF reagem após ataques de Jefferson a Cármen Lúcia
Plenário do STF
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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), falou, pela primeira vez, nesta 4ª feira (26.out) sobre os ataques sofridos no fim de semana pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). Na abertura da sessão do STF, após receber apoio de colegas da Suprema Corte e acompanhar a leitura de uma nota de repúdio feita pela presidente do tribunal, Rosa Weber, a magistrada agradeceu às manifestações e ressaltou o importante papel do Supremo como guardião da Constituição Federal.

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"Gostaria de reafirmar que nós somos um tribunal. Como já foi reiterado aqui, não é tarefa simples. Menos ainda em horas de tentativa de subversão ou de erosão democrática e contra o Estado de Direito. Dificuldades fazem parte, mas o Brasil vale a pena, o estado de direito vale a pena, a democracia vale o que cada um de nós faz", disse a ministra.

A magistrada, que também é ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em referêcia à atuação do colegiado, reiterou: "Vários de nós passamos -- nesses últimos tempos especialmente, talvez diferente de outros períodos, mas que já devem ter se repetido em outros períodos -- por agruras que vão além de qualquer civilidade", declarou.

Sem citar o nome de Roberto Jefferson ou fazer menção clara ao episódio, durante exposição no plenário do STF, Cármen Lúcia mostrou a sintonia do colegiado e disse que vai seguir serenamente no ofício de julgar.

"Portanto serenamente, do mesmo jeito, continuo julgando, e acho um privilégio na minha vida estar entre os senhores ministros desta composição. Tenho certeza de que estamos juntos, porque o atingimento de um é de todos, mas nós temos este compromisso com este grande sonho dos homens, no caso brasileiro, constitucionalmente definidos", concluiu.

Apoio dos ministros

Na abertura da sessão de retomada do Fundo Amazônia, antes das análises jurídicas do caso, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, leu em plenário a nota de repúdio às agressões. O texto já tinha sido divulgado pelo Tribunal, mas Rosa fez questão de ler perante o colegiado.

A nota diz que o STF "manifesta seu veemente repúdio à agressão sórdida e vil, expressão da mais repulsiva misoginia, de que foi vítima a ministra Cármen Lúcia" e que "condutas covardes dessa natureza são inadmissíveis em uma democracia".

Rosa ainda completou após leitura da nota: "Vossa Excelência é um expoente dessa Suprema Corte, é uma estrela de primeira grandeza, não só da magistratura constitucional, como do magistério jurídico da academia e cidadã de primeira linha".

O decano do STF, ministro Gilmar Mendes, também se manifestou. Em mais um discurso duro contra os ataques do ex-deputado, o ministro disse ser uma "sorte" poder contar com a magistrada no tribunal.

"A República sobreviverá. Porque a República é mulher. E que bom que temos a honra, alegria e satisfação de contar, neste caminho, com a eminente ministra Cármen Lúcia", disse Gilmar Mendes.

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