TRE-RJ determina que Instagram remova publicação de Marcelo Freixo
Em vídeo, deputado acusava Cláudio Castro de desviar dinheiro público para pagar cabos eleitorais
Guilherme Resck
Atendendo pedido feito em representação protocolada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e a coligação de partidos que apoiam a reeleição do político, a desembargadora Marcia Ferreira Alvarenga, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), determinou neste domingo (11.set) que o Instagram removesse um vídeo publicado pelo deputado federal e candidato a governador fluminense Marcelo Freixo (PSB-RJ).
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Na gravação, Freixo pontuava: "Vamos ganhar a eleição no Rio. A gente tá enfrentando uma máfia. A gente tá enfrentando uma máfia no Rio. A gente tá diante do maior crime eleitoral já cometido na história do Rio de Janeiro. E, olha Lula, que quando a gente fala de crime no Rio de Janeiro, a lista é grande viu. Mas a gente tá enfrentando a maior, o maior exemplo de modelo de crime eleitoral. A propaganda do Cláudio Castro é uma vergonha pelo volume, pelo dinheiro que tá gastando. E eu quero dizer uma coisa para vocês. Quando vocês passarem por essa enxurrada de bandeira, essa enxurrada de gente trabalhando porque precisa trabalhar mas sendo paga, essa campanha milionária, paga com dinheiro desviado, pago com dinheiro de corrupção, pago com dinheiro da CEPERJ, de fantasma".
Cláudio Castro e a coligação justificaram a representação dizendo que o vídeo tem o objetivo de confundir o eleitor, acusando o governador de desviar dinheiro público para pagar cabos eleitorais. Para Marcia Ferreira Alvarenga, "no caso concreto, não obstante, é forçoso reconhecer que os comentários do representado não se mantêm nos limites da legítima liberdade de expressão e tampouco representam difusão de informações, a rigor, verídicas acerca do candidato adversário". Ainda segundo ela, Freixo "profere ilações e especulações em torno dos recursos utilizados na campanha eleitoral do segundo representante, erigindo conclusões que, data venia, não passariam, prontamente, pelo crivo da verdade, porquanto afirma e reafirma a origem espúria das verbas de campanha, dirigindo tais inferências ao eleitor como se, efetivamente, fossem a mais pura e inequívoca demonstração da verdade dos fatos".
Ela deu prazo de 24 horas para o Instagram remover a gravação. Consultando o link da publicação, a reportagem constatou que não está mais disponível.
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