Supremo Tribunal Federal prorroga prisão temporária de Ivan Pinto
Ele foi preso após ataques contra ministros da corte e políticos
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou, nesta 3ª feira (26.jul), por mais cinco dias a prisão temporária de Ivan Rejane Pinto. Ele foi preso na semana passada após fazer ameaças contra ministros do STF e também contra políticos de esquerda. A contagem vale a partir de amanhã (27.jul).
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O pedido de prorrogação foi feito pela Polícia Federal. Para os agentes, "a liberdade de Ivan, neste momento, poderá ensejar sérios prejuízos à investigação, com possível supressão de provas, que podem ser localizadas com o término da análise do material apreendido ou mesmo a comunicação com outros membros do grupo, que ainda não foram identificados, causando a ineficácia das medidas investigativas", informa o documento.
No entendimento do ministro Alexandre de Moraes é imprescindível a prorrogação "para que a autoridade policial avance na análise do material apreendido e na elucidação das infrações penais atribuídas à associação criminosa em toda a sua extensão", afirmou.
"Bem como analise se há nas informações contidas nos bens e documentos recolhidos elementos que possam ensejar a realização de novas atividades investigativas, além de mitigar as oportunidades de reações indevidas e impedir a articulação com eventuais outros integrantes da associação, que obstruam ou prejudiquem a investigação", completou Moraes.
Entenda o caso
Ivan Rejane Pinto foi preso na sexta-feira (22.jul), em Belo Horizonte, acusado de veicular informações falsas sobre a atuação Supremo Tribunal Federal e fazer diversos ataques. Em vídeo publicado nas redes sociais, o homem afirma que irá "caçar" o ex-presidente Lula (PT) e os deputados petistas Marcelo Freixo e Gleisi Hoffmann. Ele faz sucessivas ameaças e sugere que os citados devem reforçar a segurança pessoal "para não serem pegos".
Ivan menciona ainda os ministros do STF Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Rosa Weber. Ele diz que os magistrados devem "sumir do Brasil" para que não sejam "pendurados de cabeça para baixo".
Na gravação, Ivan cita ainda um grupo no aplicativo de mensagens Telegram, onde ele convoca outras pessoas de direita para participarem e ajudarem a "expulsar do Brasil esses juízes corruptos e essa esquerda nefasta".