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Justiça

As provas que colocaram Flordelis no banco dos réus

"As Investigações" é o segundo episódio da série que reconta um dos crimes mais chocantes do país

Imagem da noticia As provas que colocaram Flordelis no banco dos réus
Foto da arma usada no crime para matar o pastor Anderson do Carmo
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A perícia confirma: a arma apreendida pela polícia no quarto de Flávio dos Santos, filho de Flordelis, dentro da casa da pastora, cantora e deputada federal, foi mesmo a utilizada para matar Anderson do Carmo. Essa foi a primeira de uma sequência de provas que acabaram por revelar a existência de um complô que resultou no crime ocorrido em 16 de junho de 2019. É o que o SBT News mostra em "As Investigações", o segundo episódio da série que reconta um dos assassinatos mais chocantes da história recente do país.

O delegado Allan Duarte foi responsável por grande parte das investigações e não teve dúvidas quanto à identidade da mandante do crime: Flordelis.

"A gente percebe que essas tentativas sucessivas de matar o pastor já vinham acontecendo há algum tempo. Foram coletadas provas técnicas, a gente tem um conjunto de elementos harmônicos e robustos, apontando na direção de outros familiares e ela, como mandante do crime. Foi ela quem arregimentou essas pessoas, arquitetou o plano, convenceu essas pessoas, ela financiou a compra da arma, ela avisou sobre a chegada ao local do crime", disse Duarte, em entrevista ao SBT News.

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Em seu primeiro depoimento, Flávio dos Santos admitiu ter matado o padrasto para defender a honra da mãe. "Eu já tinha ciência de que ele tinha passado a mão na minha irmã e na minha sobrinha. Eu fiquei possesso, com raiva daquilo ali porque eu achava que a minha mãe não merecia aquilo, nem a minha sobrinha, nem ninguém", declarou, à época.

Flávio e o irmão Lucas, que confessou ter comprado a arma do crime, assumiram seus papéis na morte do pastor, mas não convenceram a polícia de que haviam agido sozinhos. Poucos dias depois, a delegada Bárbara Lomba afirmou que todos os que moravam na casa ou tinham ligação com a vítima seriam investigados. A suspeita era do envolvimento de outros no assassinato -- como executores ou mandantes -- e a motivação iria muito além da alegada por Flávio; resultava de uma profunda disputa por poder e dinheiro.

"À medida que as investigações avançavam, novos detalhes indicavam que o pastor havia sido vítima de um complô dentro da própria família. A polícia foi derrubando versões contadas por Flordelis. Imagens de câmeras de segurança, por exemplo, ajudaram a desmentir uma declaração que ela deu na saída do enterro do pastor, sobre o casal ter sido perseguido por dois rapazes em uma moto", lembra o repórter Fabiano Martinez.

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A polícia apreendeu cerca de 200 celulares de pessoas ligadas a Anderson do Carmo. Entre outras provas, a análise do conteúdo revelou trocas de mensagens atribuídas a Flordelis e vários de seus filhos, em que a então deputada federal sugeria meios de assassinar o marido, como envenenamentos e a simulação de um assalto.

Na época, em entrevista ao Conexão Repórter, ela rebateu:  "A polícia tem que provar. Falar é uma coisa, provar é outra. Prova, que não vai ter prova nenhuma de que eu fiz isso com o meu marido porque eu não fiz!".

Reveja a entrevista:

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