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Justiça

Caso Bernardo: Justiça anula julgamento de pai após dois anos

Leandro Boldrini foi condenado por matar o filho junto com a madrasta e mais duas pessoas. Crime foi cometido em 2014

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Leandro Boldrini, homem branco de camiseta branca, sendo escoltado por policial fardado de barba para julgamento
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A Justiça anulou o julgamento de Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo, assassinado em 2014. Além de Leandro, a madrasta e mais duas pessoas foram condenadas pelo crime. Boldrini foi condenado em 15 de março de 2019 a 33 anos e oito meses de prisão.

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A anulação acontece após dois anos da condenação de Leandro. Segundo o Primeiro Grupo Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o Ministério Público não respeitou o direito do pai de Bernardo permanecer em silêncio durante o julgamento.

Não há data prevista para um novo júri. Ainda que com a anulação, Boldrini continua cumprindo a pena na penitenciária de alta segurança de Charqueadas. 

O Ministério Público afirmou, em nota, que ainda não recebeu intimação, mas que vai recorrer aos tribunais superiores. A defesa do condenado recebeu a decisão com "serenidade" e que vai aguardar a publicação do acórdão para se manifestar.

O menino Bernardo foi encontrado morto em uma cova rasa em abril de 2014, na cidade de Frederico Westphalen. A criança foi enterrada no local após ser sedada e morta. A madrasta confessou ter dado doses excessivas de remédio a Bernardo, mas afirmou que não tinha intenção de matá-lo e Leandro teria sido o mandante do crime. 

A sentença dos outros réus, a madrasta Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicks, amigos da mulher, deve permanecer a mesma de 2019.

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