Defesa de Flordelis pede revogação do uso da tornozeleira eletrônica
Advogados alegam que o equipamento tem apresentado problemas constantes
A defesa da deputada Flordelis pediu na 5ª feira (1.jul) para que a pastora deixe de usar a tornozeleira eletrônica, utilizada por ela desde outubro do ano passado. Segundo os advogados, o equipamento apresenta problemas constantes.
Além das falhas, a defesa argumenta que o deslocamento até a central, para verificar o possível defeito, coloca em risco a saúde da deputada devido a pandemia de covid-19.
"(...) As violações do equipamento dizem respeito, exclusivamente, a problemas inerentes ao próprio aparelho, não sendo possível atribuí-los como culpa de Flordelis. Aliás, é sabido por todos que atuam em processos criminais, que é extremamente comum e frequente que essas situações ocorram. As constantes falhas estão colocando em risco a saúde da monitorada, eis que precisa se deslocar até a central para manutenção".
Na última 3ª feira (29.jun), a juíza Nearis dos Santos Carvalho, da 3ª Vara Criminal de Niterói (RJ), deu 48 horas para que Flordelis, acusada pelo assassinato do ex-marido Pastor Anderson do Carmo, justificasse o motivo do suposto descumprimento de monitoramento por tornozeleira eletrônica.
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Em defesa, os advogados negaram que a parlamentar tenha deixado de usar a tornozeleira no dia 19 de maio deste ano. Segundo eles, neste dia Flordelis teve dificuldades com o equipamento, tentou contato com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) mas não obteve sucesso.
A deputada responde às acusações de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.