MP denuncia 11 por incêndio que matou atletas do Flamengo em 2019
Ex-presidente do clube, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, é um dos que pode responder como réu no processo em que é acusado de omissão
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O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou 11 pessoas no processo que investiga o incêndio que matou dez atletas do Flamengo no Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019. Se a Justiça acolher a denúncia, todos passam a responder na condição de réus, acusados por incêndio culposo (sem intenção) qualificado.
A promotoria diz que essas pessoas são as responsáveis pela tragédia. Na denúncia oferecida à 36ª Vara Criminal da Capital, o MP cita uma série de irregularidades, como descumprimento de normas técnicas, ocultação sobre as condições das instalações onde ficavam os atletas e falta de manutenção adequada das estruturas elétricas do centro de treinamento.
Segundo o MP, não houve nenhuma condição de afastar a responsabilidade dos denunciados. "Assim é que o Clube de Regatas do Flamengo dotou o Centro de Treinamento de investimentos vultosos em infraestrutura entre 2012 e 2019, mas continuou mantendo os jovens atletas da base em contêineres", diz o texto.
"Tais alojamentos da base não foram registrados como parte do projeto de licenciamento, foram montados em estruturas móveis clandestinas e produzidos sem as devidas cautelas quanto à estrutura de evacuação, luzes de emergência, disposição de portas, gradeamento das janelas e dotação de extintores de incêndio, deixando de observar as cautelas necessárias para a fuga de todos os atletas e a contenção de eventual início de incêndio no alojamento dos mesmos, incrementando o risco do resultado por negligência".
Na denúncia, a promotoria menciona ainda que o centro de treinamento já tinha recebido pedido de interdição em 2015 por conta de problemas estruturais. Um dos denunciados é o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello. O MP sustenta que ele tinha plena ciência do estado de clandestinidade administrativa das acomodações do Ninho do Urubu.
Para o promotor de Justiça Décio Alongo, a omissão dos denunciados teria provocado o incêndio que matou os dez atletas do Flamengo.
Se forem condenados, os denunciados estão sujeitos a penas de 1 a 4 anos de prisão. Em nota, o Flamengo informou que está à disposição da Justiça e que o clube prefere não se manifestar sobre o mérito da denúncia.
A promotoria diz que essas pessoas são as responsáveis pela tragédia. Na denúncia oferecida à 36ª Vara Criminal da Capital, o MP cita uma série de irregularidades, como descumprimento de normas técnicas, ocultação sobre as condições das instalações onde ficavam os atletas e falta de manutenção adequada das estruturas elétricas do centro de treinamento.
Segundo o MP, não houve nenhuma condição de afastar a responsabilidade dos denunciados. "Assim é que o Clube de Regatas do Flamengo dotou o Centro de Treinamento de investimentos vultosos em infraestrutura entre 2012 e 2019, mas continuou mantendo os jovens atletas da base em contêineres", diz o texto.
"Tais alojamentos da base não foram registrados como parte do projeto de licenciamento, foram montados em estruturas móveis clandestinas e produzidos sem as devidas cautelas quanto à estrutura de evacuação, luzes de emergência, disposição de portas, gradeamento das janelas e dotação de extintores de incêndio, deixando de observar as cautelas necessárias para a fuga de todos os atletas e a contenção de eventual início de incêndio no alojamento dos mesmos, incrementando o risco do resultado por negligência".
Na denúncia, a promotoria menciona ainda que o centro de treinamento já tinha recebido pedido de interdição em 2015 por conta de problemas estruturais. Um dos denunciados é o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello. O MP sustenta que ele tinha plena ciência do estado de clandestinidade administrativa das acomodações do Ninho do Urubu.
Para o promotor de Justiça Décio Alongo, a omissão dos denunciados teria provocado o incêndio que matou os dez atletas do Flamengo.
Se forem condenados, os denunciados estão sujeitos a penas de 1 a 4 anos de prisão. Em nota, o Flamengo informou que está à disposição da Justiça e que o clube prefere não se manifestar sobre o mérito da denúncia.
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