Polícia alemã apreende 60 fósseis brasileiros que seriam vendidos ilegalmente
Segundo o MPF, espécimes viveram no Ceará há mais de 120 milhões de anos e seriam comercializadas por mais de 100 mil euros
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A polícia alemã, atendendo ao pedido do Ministério Público Federal (MPF), apreendeu mais de 60 fósseis brasileiros que seriam comercializados ilegalmente pela internet. De acordo com o resultado das investigações do MPF, o material inclui um pterossauro, uma raia, insetos e aracnídeos, oriundos da Chapada do Araripe, região do Cariri, no sul do Ceará.
As diligências foram iniciadas logo após a denúncia de dois biólogos, que tiveram acesso ao site de leilões da empresa alemã "Fossils Worldwide", e constataram que fósseis brasileiros estavam à venda na página. Segundo os profissionais, o próprio anúncio informava que o material era proveniente do Brasil. O MPF, ao obter conhecimento do caso, instaurou um procedimento investigatório para apurar o ocorrido.
Segundo o procurador da República responsável pelas investigações, Rafael Rayol, as autoridades alemãs foram rapidamente acionadas. "Os sites também foram retirados do ar, mas, antes disso, conseguimos preservar todas as provas e formalizamos o pedido de repatriação do material, que tem grande valor científico para o Brasil", explicou.
A partir da representação, Rayol solicitou à Universidade Regional do Cariri (Urca) uma análise do material para confirmar a origem dos produtos. Com o resultado da avaliação, especialistas confirmaram que os fósseis eram de animais nacionais que viveram há mais de 120 milhões de anos no Brasil.
"Ao observar as placas de calcário é clara a identificação da pedra Cariri, variando de tonalidade acinzentada a creme e amarelada, com pequenos fragmentos de algas e por vezes, detritos de manganês, configurando a característica típica desta rocha da Formação Crato, fartamente explorada nos municípios de Santana do Cariri e Nova Olinda, ambas no Estado do Ceará", diz o relatório emitido pela instituição.
Após a confirmação e a identificação do responsável pela venda ilegal, o procurador da República solicitou ao Ministério Público de Kariserslautern, na Alemanha, a apreensão preventiva dos fósseis.
As diligências foram iniciadas logo após a denúncia de dois biólogos, que tiveram acesso ao site de leilões da empresa alemã "Fossils Worldwide", e constataram que fósseis brasileiros estavam à venda na página. Segundo os profissionais, o próprio anúncio informava que o material era proveniente do Brasil. O MPF, ao obter conhecimento do caso, instaurou um procedimento investigatório para apurar o ocorrido.
Segundo o procurador da República responsável pelas investigações, Rafael Rayol, as autoridades alemãs foram rapidamente acionadas. "Os sites também foram retirados do ar, mas, antes disso, conseguimos preservar todas as provas e formalizamos o pedido de repatriação do material, que tem grande valor científico para o Brasil", explicou.
A partir da representação, Rayol solicitou à Universidade Regional do Cariri (Urca) uma análise do material para confirmar a origem dos produtos. Com o resultado da avaliação, especialistas confirmaram que os fósseis eram de animais nacionais que viveram há mais de 120 milhões de anos no Brasil.
"Ao observar as placas de calcário é clara a identificação da pedra Cariri, variando de tonalidade acinzentada a creme e amarelada, com pequenos fragmentos de algas e por vezes, detritos de manganês, configurando a característica típica desta rocha da Formação Crato, fartamente explorada nos municípios de Santana do Cariri e Nova Olinda, ambas no Estado do Ceará", diz o relatório emitido pela instituição.
Após a confirmação e a identificação do responsável pela venda ilegal, o procurador da República solicitou ao Ministério Público de Kariserslautern, na Alemanha, a apreensão preventiva dos fósseis.
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