Lula conversa com presidentes de Irã e Turquia sobre guerra em Gaza
Presidente que está no comando do G20 pelo próximo biênio articula abertura de corredor humanitário para resgatar civis
Raphael Felice
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de duas conversas na manhã desta terça-feira (17.out) com os presidentes de Irã e Turquia. O tema central da conversa com ambos foi sobre a guerra no Oriente Médio entre Israel e Hamas na região da Faixa de Gaza.
Adversário antigo de Israel, o presidente iraniano defendeu na conversa com o presidente brasileiro o fim imediato do bloqueio e dos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza. Lula externou a preocupação com o grupo de brasileiros que aguarda a saída de Gaza na fronteira com o Egito e também de demais pessoas que vivem na reigão.
Lula pediu que fosse feito o possível para um consenso que criasse um corredor humanitário e fez um apelo pela libertação de todos os reféns, que seria o melhor sinal para um apelo pelo fim dos bombardeios em Gaza.
"O mais importante é termos a condição de que mulheres, crianças e idosos não sofram as consequências daqueles que querem guerra", sublinhou Lula. "Eu fico triste quando vejo a dificuldade do povo pobre em construir uma casa, um hospital. E como isso é facilmente destruído na guerra", pontuou.
Na conversa com o presidente da Turquia, Recep Erdogan, sobre o conflito no Oriente Médio, ambos concordaram que os ataques a civis são inaceitáveis e o presidente turco falou do envio de ajuda humanitária à Gaza.
Os dois também concordam com a necessidade de um cessar fogo para criação de um corredor humanitário para saída dos estrangeiros pela fronteira do Egito e também para possibilitar a entrada de remédios e alimentos para libertação de todos os reféns. O presidente Erdogan se dispôs a ajudar no que puder pela saída dos brasileiros.
"Nós temos que conversar com os dois lados que a Guerra só significa retrocesso", disse Lula na conversa. O chefe do Palácio do Planalto ainda disse que está esperando pela visita de Erdogan ao Brasil no ano que vem, na cúpula do G-20. E que deseja um mundo com menos guerra e mais paz, com menos pobreza e mais emprego.