Silvinei Vasques responde a 3 processos administrativos na PRF
Ex-diretor-geral da corporação foi preso na manhã desta 4ª, por suspeita de interferência nas eleições

Emanuelle Menezes
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, preso na manhã desta 4ª feira (9.ago) em uma operação que investiga interferência nas eleições de 2022, responde a três processos administrativos disciplinares na instituição.
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A informação foi dada pela própria PRF, em um pronunciamento sobre a Operação Constituição Cidadã, deflagrada hoje pela Polícia Federal. Segundo a nota, os processos apuram a conduta de Vasques como chefe da corporação e foram encaminhados para a Controladoria-Geral da União (CGU). Ele foi nomeado diretor-geral da PRF em abril de 2021, pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ainda de acordo com a PRF, dados sobre as blitze realizadas no Nordeste durante o 2º turno das eleições presidenciais, como o número de veículos fiscalizados e a quantidade de multas aplicadas nas rodovias federais, foram entregues para as autoridades.
"A PRF colabora com as autoridades que investigam as denúncias de interferência do ex-diretor-geral no segundo turno das eleições para a Presidência da República, em 30 de outubro de 2022, com o fornecimento de dados referentes ao trabalho da instituição, como o número de veículos fiscalizados e multas aplicadas nas rodovias federais", diz o pronunciamento.
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Quem é Silvinei Vasques
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, é investigado por uso político da polícia para favorecer o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). A PRF realizou, no dia da votação do 2º turno, mais de 500 operações contra veículos que faziam o transporte de eleitores. A maioria das blitze foram feitas no Nordeste, região em que Lula tinha ampla vantagem contra Bolsonaro.
Em novembro de 2022, Vasques se tornou réu por improbidade administrativa, por, segundo o Ministério Público Federal (MPF), usar o cargo durante a campanha eleitoral para beneficiar a candidatura de Jair Bolsonaro.
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