Membros do PCC, que já estão presos, viram réus por plano contra Moro
Juíza aceitou denúncia contra 13 alvos da PF por tentativa de sequestro e organização criminosa
Ricardo Brandt
Os 13 presos acusados de planejar um atentado do PCC contra o senador Sérgio Moro (União-PR) foram colocados no banco dos réus, pela juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba. A magistrada entender existir elementos de prova para abertura de ação penal contra os alvos da Operação Sequaz, deflagrada em março pela Polícia Federal.
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O planejamento de ataques e sequestros a Moro e familiares foi interrompido pela ação da PF, em 22 de março. Os executores presos seriam membros do grupo de "sintonia restrita", espécie de grupo de elite do PCC, que age a mando dos cabeças da facção, em assassinatos de ex-membros, autoridades, agentes, sequestros e atentados.
Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como coordenador da ação, virou réu. Os acusados respodem agora por crime de organização criminosa, tentativa de extorção mediante sequestro e porte ilegal de arma. Veja quem são os réus:
- Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo
- Claudinei Gomes Carias, o Nei
- Patrick Uelinton Salomão, o Forjado
- Valter Lima do Nascimento, o Guinho
- Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê
- Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan, o El Sid ou Cid
- Herick da Silva Soares, o Sonata
- Franklin da Silva Correa, o Frank
- Aline de Lima Paixão
- Aline Ardnt Ferri
- Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui
- Hemilly Adriane Mathias Abrantes
- Oscalina Lima Graciote
Na denúncia do MPF, o órgão afirma que os réus agiram por ordem do PCC. "A investigação revelou efetiva participação de membros de alto grau hierárquico do PCC, para determinar à organização criminosa ora denunciada o planejamento e execução de atentados contra pessoas que desempenharam funções na área de segurança pública, inclusive na esfera federal."
A juíza manteve as prisões preventivas dos principais acusados do plano. Dos 13 réus, dois permanecem foragidos. "Os réus Patrick Uelinton Salomão e Sidney Rodrigo Aperecido Piovesan ainda não foram encontrados, de modo que, até a presente data, os mandados de prisão temporária encontram-se pendentes de cumprimento."
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